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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Enem 2012 já supera 1 milhão o número de inscritos



O número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 ultrapassou 1 milhão nos dois primeiros dias do processo. A informação foi divulgada em programa de rádio produzido pelo Ministério da Educação (MEC) e distribuído nesta quarta-feira via internet.

De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, houve 1 milhão e 150 mil de inscrições até o início dessa manhã. No ano passado, foram cerca de 6 milhões de inscritos, mas o ministrou afirmou que deverá ocorrer um crescimento na participação desse ano.

As inscrições prosseguem até 15 de junho, exclusivamente em hotsite na internet. A taxa de inscrição permanece em R$ 35. Alunos que estejam cursando o 3º ano do Ensino Médio em escola pública estão isentos do pagamento. Os demais devem efetuar o pagamento até 20 de junho por meio de boleto gerado na inscrição.

O edital que informa a realização do Enem 2012 e estabelece prazos e procedimentos dessa edição do exame foi publicado na última sexta-feira, no Diário Oficial da União.

As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro. No primeiro dia do exame, os participantes terão quatro horas e meia para responder as questões de ciências humanas e da natureza. No segundo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação, com um total de cinco horas e meia de duração. A divulgação do gabarito está prevista para o dia 7 de novembro, e o resultado final deve sair em 28 de dezembro.

Desde 2009, o Enem ganhou mais importância porque passou a ser usado por algumas instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. A prova também é pré-requisito para quem quer participar de programas de acesso ao Ensino Superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Ciência sem Fronteiras.

Fonte: http://noticias.terra.com.br

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Governo quer aumentar número de médicos formados no País


BRASÍLIA - O governo federal estuda meios de aumentar a quantidade de médicos disponíveis para a população, incrementando o número de profissionais formados nas universidades brasileiras. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a meta é aumentar em 4 mil vagas a capacidade do sistema de ensino até 2020.

Conforme o estudo Demografia Médica no Brasil, publicado em dezembro do ano passado pelo Conselho Federal de Medicina, há 1,95 médico por mil habitantes no Brasil. A proporção é inferior à de países com economia menor do que a brasileira como Cuba (6,39), a Grécia (6,04), Portugal (3,76), a Argentina (3,16) e o México (2,89). “Por sermos a sexta economia do mundo, pelo nosso PIB [Produto Interno Bruto] per capita há um déficit de médicos”, admitiu Mercadante.

O ministro calcula que, para chegar a 2,5 médicos por mil habitantes até 2020, é preciso abrir 9 mil vagas, "o que é absolutamente impraticável, porque vaga em medicina tem que abrir com segurança, tem que ter qualidade". "Não é só ter médico, mas ter bons médicos. Estamos lidando com as vidas das pessoas”, acrescentou.

Mercadante destacou que “cada aluno de medicina tem que ter cinco leitos do SUS para a sua formação, tem que ter hospital [para residência médica], tem que ter laboratório, tem que ter uma equipe médica docente, tem que ter estrutura".

Para aumentar o número de médicos formados, Aloizio Mercadante prevê a expansão em 12% do número de vagas nas faculdades de medicina das universidades federais; a criação de mais faculdades da rede pública estadual e da rede privada (com boa avaliação no Ministério da Educação), além da abertura de faculdades de hospitais de excelência, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein (São Paulo). “Estamos dialogando”, antecipou o ministro.

O governo também irá instalar faculdades de medicina em quatro instituições de ensino superior que serão abertas nos próximos anos: Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará; Universidade Federal da Região do Cariri; Universidade Federal do Oeste da Bahia e Universidade Federal do Sul da Bahia.

A necessidade de novas faculdades de medicina é questionada, no entanto, dentro da própria comunidade médica. Conforme artigo postado no site do Conselho Federal de Medicina pelo cirurgião oncológico Alfredo Guarischi, membro da Câmara Técnica de Oncologia do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, “O Brasil só perde para a Índia no número de faculdades de medicina. Vencemos até os EUA”.

Para Guarischi, o Brasil é reconhecido pela qualidade dos serviços prestados em algumas áreas. "O nosso maior problema está na desigualdade de oferta de serviços, entre as regiões do país, em um mesmo estado, entre suas cidades ou em sua capital”.

Aloizio Mercadante disse que o Ministério da Saúde está discutindo uma política que permita a melhor distribuição dos médicos, assim como estimule os profissionais a irem para regiões mais carentes. "Há um problema de fixação e um problema de oferta, esse segundo é problema do MEC”, disse.

Mercadante falou à Agência Brasil após o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços e pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Durante o programa, Mercadante informou que todos os municípios ganharão reajuste de 66,7% para a compra da merenda escolar; e que os prefeitos receberão antecipadamente os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a manutenção de creches. O governo federal também estuda a possibilidade de utilizar material pré-moldado para acelerar a construção dessas unidades.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 24 de maio de 2012

As profissões mais bem pagas



Qual a fórmula para acertar na escolha da carreira? Ninguém sabe ao certo, mas uma variável que tem um peso cada vez maior nessa fórmula é a remuneração do profissional.

Ninguém quer fazer um investimento de retorno baixo e a formação profissional com certeza é um investimento alto, que toma muito tempo e dinheiro. Como todo investimento, as pessoas hoje tendem a minimizar o risco procurando se informar sobre a demanda de mercado do profissional formado em determinada carreira e sobre o salário potencial.

Vestibulandos hoje em dia trocam a carreira dos sonhos por uma semelhante mas que seja mais estável financeiramente e normalmente são apoiados por seus familiares. Os analistas de RH, no entanto, chamam atenção para o fato de que sem vocação e competência, por melhor que seja a formação acadêmica, o profissional pode não conseguir o nível de salário esperado. A escolha por uma carreira com tradição de salários altos não garante nada ao aluno.

Além de competência, o profissional não deve nunca parar de estudar. Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em 2009, dos brasileiros em idade ativa que nunca tiveram mais do que um ano de estudo, 60% estão trabalhando, enquanto 91% dos brasileiros que estudaram mais de 18 anos tem emprego. O salário de quem estudou mais também é mais alto, cada ano de estudo corresponde a um acréscimo de 15% no fim do mês. Esses dados confirmam que uma graduação é apenas um passo, cursos de pós graduação devem ser uma meta de profissionais que visam o crescimento de responsabilidades e remuneração.

Segundo a mesma FGV, atualmente no Brasil os profissionais mais bem pagos são os juízes e desembargadores, formados em direito. Porém, para alcançar esses cargos, é preciso passar por um concurso muito concorrido, são mais de mil concorrentes por vaga, exigindo experiência prévia e cada título obtido pelo concorrente conta pontos, logo um candidato com pós graduação sai na frente. O salário médio desses profissionais é de R$ 13.956,00 considerando todo o país.

Abaixo desses profissionais, vem o seguinte ranking:

Medicina (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 8.966,07

Administração (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 8.012,10

Direito (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 7.540,79

Ciências econômicas e contábeis (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 7.085,24

Engenharia (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 6.938,39

Medicina (graduação) - Salário médio: R$ 6.705,82

Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 5.349,96

Geologia (graduação) - Salário médio: R$ 5.285,77

Militar - Salário médio: R$ 5.039,14

Ciências agrárias (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 5.028,37

Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV) - Dados obtidos considerando o país como um todo e não apenas em uma análise regional. Mais de quinze mil pessoas com mais de 20 anos foram entrevistadas para obtenção dos resultados.

Uma outra pesquisa feita pela mesma instituição listou também a perspectiva de profissões que estarão em alta em 2012. A seguir, temos esse outro ranking:

Engenheiro de grandes obras de infraestrutura - Investimento em estradas e grandes estradas; foco no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e na Copa do Mundo.

Engenheiro mecânico ou do mercado de óleo e gás - Construção de turbinas e equipamentos rotativos para gerar energia nas sondas de petróleo.

Engenheiro de meio ambiente ou de mercado de energias renováveis - Demanda em função do ritmo acelerado do pré-sal.

Gerente de auditoria ou compliance - Cumprimento de normas legais, políticas e diretrizes estabelecidas pelo negócios e provisão de informações gerenciais relevantes para a tomada de decisões.

Gerente de Recursos Humanos ou Business Partner (RH) - Suporte a todas as necessidades da área: recrutamento e seleção, treinamento, desenvolvimento e projetos específicos.

Business Controller - Suporte financeiro da empresa. Foco nas atividades de planejamento financeiro e controladoria.

Gerente de marketing digital ou gerente de comunicação com ênfase em plataformas digitais - Domínio das mídias sociais. Conhecimento do mercado digital e gerenciamento da exposição de companhia, com experiência em marketing ou comunicação.

Gerente/coordenador/técnico de crédito ou de riscos - Avaliação e redução de riscos em um cenário macroeconômico global muito volátil.

Gerente comercial de alta renda em bancos, luxo ou bens de consumo - Conhecimento do mercado de investimento para alta renda, luxo e serviços associados ao topo da pirâmide de consumo.

Gerente de Desenvolvimento de Sistemas, Arquiteto de Tecnologia ou Programadores de J2ME (plataforma Java para dispositivos móveis) - Conhecimento de tecnologias para plataforma mobile, necessidade de aplicação do desenho estrutural tecnológico da companhia e busca por inovação.

De posse dessas informações, o aluno deve decidir qual carreira se enquadra melhor em seu perfil, combina com seus talentos. Boa sorte na escolha!

Fonte: http://www.mundovestibular.com.br

quarta-feira, 23 de maio de 2012

No Vale da Eletrônica, alunos têm noção de robótica a partir de 6 anos



Cidade do Sul de MG exporta produtos para diversos países.

Segredo para o crescimento está na formação de pessoas, afirma sindicato.

Estudantes do ensino público de Santa Rita do Sapucaí, pequena cidade a 400 km de Belo Horizonte, começam a ter aulas de noções de robótica logo aos seis anos de idade. A educação para a tecnologia faz parte de um projeto para desenvolver o talento dos jovens que vivem na região conhecida como Vale da Eletrônica, onde um quarto da população atua na indústria de produtos eletrônicos. Ali funcionam 142 empresas, que geram 10 mil empregos diretos, produzem 13,7 mil itens eletroeletrônicos e que faturam R$ 1,7 bilhão por ano.

A educação é uma das principais apostas das empresas do município para formar mão-de-obra qualificada para trabalhar nas empresas da região, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto. “As empresas nascem da estrutura do ser humano, pois sem ele, quem vai mover as máquinas? Acreditamos que devemos investir e valorizar o ser humano para crescer tecnologicamente”, disse.

Santa Rita do Sapucaí se destaca nacionalmente por ser o único centro de indústrias de tecnologia a produzir urnas eletrônicas, tokens usados por bancos e transmissores e componentes eletrônicos para a transmissão de sinal de TV digital. O incentivo para o ensino de robótica partiu da empresa “AMEducação”, que representa o instituto Lego Education no Sul de Minas e idealiza os torneios de robótica.

Além da educação, as empresas do vale também incentivam a oferta de oportunidades para os jovens que trabalham com tecnologia na região, chegando a formar incubadoras de projetos novos.

“O jovem que acaba de se formar não possui recursos. Ele foi dependente dos pais durante muitos anos e sai sem nada da universidade. Nestes casos, muitos dos jovens possuem ideias brilhantes e podem ser muito úteis, mas não possuem dinheiro para investir”, explica Pinto.

Nestes casos, o recém-formado que tem uma ideia de produto se reúne com o Sindvel para apresentar um projeto. Caso ele seja aprovado, o idealizador é contratado e o produto oferecido é montado para ser comercializado.

A Hitachi, multinacional japonesa, que fechou um acordo para comprar parte da Linear, a mais antiga empresa do Vale da Eletrônica, aproveitou toda a mão de obra que já estava na empresa, diz o Sindvel. “Não houve demissões. Além de adquirir 50% da empresa, a Hitachi também investiu no cérebro que já movimentava aquela indústria”, explica Pinto.

Capacitação começa cedo

Em 2012, dez estudantes entre 10 a 15 anos da Escola Estadual Dr. Luiz Pinto de Almeida foram selecionados para o torneio internacional de robótica “First Lego League”, que será disputado entre 3 e 6 de maio na Flórida, nos Estados Unidos. O grupo X-Factor teve que concorrer com 45 equipes de nove estados brasileiros e foi a única de Minas Gerais a se classificar para o torneio.

Os alunos admitem que não conheciam muito a robótica quando integraram o projeto. “Quando convidaram os alunos de sala em sala achei uma oportunidade incrível. Eu não tinha muita noção, mas durante o processo de montagem e nas competições tudo ficou mais claro”, conta a integrante do X-Factor Laíza Costa Vicentini, de 13 Anos.

Na competição, os robôs construídos pelas equipes precisam concluir 15 tarefas que devem ser executadas em um prazo de dois minutos e meio em cima de uma plataforma. Mais de 60 equipes de todo o mundo devem participar da competição.
O diretor da AMEducação, Nilton Sérgio Joaquim, explica que o torneio Lego não visa mostrar quem é melhor. “Essa competição surgiu após uma pesquisa revelar que os jovens não estavam se interessando por cursos de exatas, como a engenharia por exemplo. O intuito é desmistificar as ciências exatas para os jovens por meio da robótica”, afirma.

Incubadoras

As empresas de Santa Rita do Sapucaí oferecem oportunidades de crescimento para os funcionários. Elas funcionam como incubadoras, que são instituições que auxiliam no desenvolvimento de micro e pequenas empresas nascentes e em operação, que buscam a modernização de suas atividades para transformar ideias em produtos, processos e serviços.

Essas novas empresas recebem suporte gerencial, administrativo e mercadológico, além de apoio técnico para o desenvolvimento do produto. Com isso, o empreendimento pode ser acompanhado desde a fase de planejamento até a consolidação de atividades com a consultoria de especialistas.

Em uma empresa que produz alarmes e equipamentos de segurança em Santa Rita do Sapucaí, o diretor Fernando Barbosa Mota explica que já deu apoio a funcionários que demonstraram ter uma visão mais ampla de negócio.

“Tive uma colaboradora que sempre teve um desenvolvimento muito bom aqui dentro. Eu enxerguei que ela tinha capacidade de ter o próprio negócio dela. Hoje, ela tem uma empresa de montagem com 50 pessoas que oferece serviços para a minha empresa”, diz Mota.

O diretor também conta que lá os funcionários recebem outro nome e são chamados de colaboradores. “Aqui nós mostramos para as pessoas que elas são peças importantes e de que nada opera sozinho, portanto precisamos da colaboração delas”, explica.

Uma das colaboradoras mais antigas da empresa, Juliane Vilela Toledo, de 34 anos, trabalha na área de documentação e se sente bem onde está. “O ambiente aqui é muito bom, todo mundo é amigo e os diretores se aproximam da gente, nos dão oportunidades. É como uma grande família”, conta.

Há oito anos na empresa, Rosiene Marcolino Silva, de 36 anos, começou como auxiliar de produção e hoje é supervisora. “Aqui nós podemos crescer e isso nos trás muita segurança”, diz.

A empresa foi apontada com uma das 100 melhores do Brasil para se trabalhar conforme reportagem da Revista Época. Por ano, duas mil pessoas de todo o país visitam a empresa para receber treinamento.

Competição em igualdade

Em 2011, Santa Rita do Sapucaí exportou produtos para 46 países. Entre os itens estão aparelhos telefônicos, componentes eletrônicos, aparelhos de transmissão e recepção de TV digital e analógica, sensores de iluminação e tokens.

De acordo com o presidente do Sindvel, o mito de que os produtos fabricados no Brasil são de qualidade inferior foi vencido. Para ele, o país tem plenas condições de ganhar o mercado internacional.

"Essa história de que o que é produzido aqui é ruim não passa de uma persistência de cultura. Hoje temos empreendedores excepcionais na área da eletrônica no Brasil e nós crescemos em exportação dia a dia. Se nossos produtos fossem ruins, países como EUA e Japão não iriam importar da gente", conclui Pinto.

Fonte: http://g1.globo.com

terça-feira, 22 de maio de 2012

O troco nas operadoras de telefonia e banda larga no Brasil


Achei ótimo esse vídeo, pois podemos nos ver vingados, pelo menos em tese, das operadoras que tripudiam de nós o tempo inteiro.

GVT no Nordeste é veloz (15MB por R$ 84,90), mas cai de vez em quando; TIM no Rio de Janeiro tem problema de sinal; OI em Minas Gerais é cara (10MB por R$ 129,90); Claro em Brasília explora, pois cobra mais de R$ 3,20 por minuto de roaming por chamada recebida (pior) e quando a gente liga para reclamar tomamos um chá de cansaço. O jeito é voltar para o antigo telégrafo que era a base do código Morse.

Tô de olho nessas operadoras, vamos esperar as novas mudanças para o setor. Até conseguir aprovar uma solução antecipada para as concessões, o governo terá que percorrer um longo caminho. As mudanças previstas vão exigir a chancela do Congresso Nacional, por pressupor mudanças na Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Essa fase é apontada como a mais prolongada e, talvez, a mais difícil do processo. (Valor Econômico)

Fonte: Ciro Rod

segunda-feira, 21 de maio de 2012

USP - Filarmônica faz concerto pelos 60 anos da FMRP


Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP

Na semana passada, a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP) completou 60 anos de sua fundação. Em comemoração, acontecerá uma sessão solene com resgate da história da unidade e apresentação da Sinfônica da USP Filarmônica, nesta segunda-feira (21), às 19h, no Theatro Pedro II. O concerto terá os solistas Fernando Portari, tenor, e Sarah Meredith, mezzo-soprano, e será regido pelo maestro Rubens Russomanno Ricciardi.

No programa, o Hino Nacional Brasileiro, de Francisco Manuel da Silva, e obras de Franz Schubert, Francisco Mignone, Rubens Russomano Ricciardi, Georges Bizet, Giacomo Puccini, Eduardo di Capua.

Fernando Portari

Fernando Portari desenvolve uma carreira internacional em franca ascensão. Estreou em 2010, com grande sucesso, no Scala de Milão. Recentemente, esteve na Staatsoper de Berlim, na ópera Manon de Massenet. Apresentou-se nos teatros La Fenice, de Veneza, na Ópera de Roma, no Teatro São Carlos, de Lisboa, Massimo, de Palermo, na Deutsche Oper de Berlim, além de Tokyo, Helsinki e Varsovia. Atuou ainda em Anna Bolena com Mariella Devia no Teatro Massimo de Palermo, e em La Traviata, na Ópera de Hamburgo e de Colônia.

Apresentou-se em La Boheme em Berlim e em Sevilha, e representou Werther no Teatro Bellini, de Catania, e em La Coruña. Recebeu o Prêmio APCA e duas vezes o Prêmio Carlos Gomes e é nome presente nas temporadas líricas em Manaus, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, etc. Em 2011, debutou na Ópera de Genebra, interpretando Henrin em: As vésperas sicilianas, de Verdi, e no Teatro Liceu de Barcelona em Fausto de Gounod, no papel titulo.

Sarah Meredith

Sarah Meredith atuou como solista, recitalista e professora masterclass em todo o Centro-Oeste dos Estados Unidos e na Europa. Ela tem diplomas da Iowa State University, Northwestern University, Estados Unidos, Hochschule fur Musik, Alemanha. atualmente é professora de Artes e Design Visual, Estudos da Mulher e Gênero e Estudos Globais, da Universidade de Wisconsin-Green Bay, nos Estados Unidos.

Ela é árbitro internacional ativa no Midwest, nos EUA, no Concurso Internacional de Voz Dvorak, Karlovy Vary, na República Checa, em Schneider-Trnavsky Concurso Internacional de Voz, em Trnava, na Eslováquia, em Sari Ada Concurso Internacional de Voz, em NovySacz, Polónia.

Em 2006 e 2007, foi convidada a ensinar na Bel Canto Institute, em Florença, Itália, organizado pelo Metropolitan Opera, de Nova York. Em 2008 foi selecionada para a Lista Especialista Fulbright Senior até 2013. Recebeu o prêmio Bronze do Bianco Del Foundation, Florença, Itália, reconhecendo seu trabalho internacional com cantores e professores de música em todo o mundo. Recebeu o Prêmio Pesquisador para 2012-2013 na Universidade de Wisconsin-Green Bay.

Rubens Ricciardi

O ribeirãopretano Rubens Russomano Ricciardi começou a compor em 1975, e, desde então, escreve para as mais diversas formações camerísticas e sinfônicas. Graduou-se na ECA-USP em 1985.

Em 1983, recebeu o primeiro prêmio num concurso de composição da TV-Cultura. Desde então, é pesquisador de música colonial brasileira (o maior evento realiza-se em Juiz de Fora-MG. De Ciro Rod), tendo descoberto vários arquivos musicais mineiros dos séculos XVIII e XIX, hoje depositados na ECA-USP. De 1987 a 1991, foi aluno de musicologia da Universidade Humboldt de Berlim, sob orientação de Günter Mayer, com bolsa do então governo da Alemanha Oriental. Promoveu vários concertos corais e sinfônicos de música brasileira com estreia europeia de obras coloniais e também repertório contemporâneo nas principais salas de Berlim, como o Schauspielhaus (hoje Konzerthaus) e na Biblioteca Nacional.

De volta ao Brasil, em 1993, fundou o Ensemble Mentemanuque, em Ribeirão Preto, voltado à música contemporânea. Sua obra sinfônica “Candelárias – uma abertura trágica” foi premiada no México, em 1998. Mestre e Doutor pela ECA-USP, em 2006 tornou-se professor titular em regência e instrumento na ECA-USP. Em trabalho conjunto com Wilson Lodi e Moacyr Mestriner, é fundador, em julho de 2001, do Curso de Música pela ECA-USP em Ribeirão Preto, tornando-se, em dezembro de 2010, o Departamento de Música da FFCLRP-USP.

É maestro da USP Filarmônica desde 2011 e curador do Festival Música Nova, que na 46ª edição este ano, passa a ter o câmpus da USP de Ribeirão Preto como nova sede.

Fonte: Ribeirão Preto Online

domingo, 20 de maio de 2012

Em Minas Gerais, os sinos ainda conversam



Por quem dobram os sinos de Minas? Pela tradição, pela história – e pela comunicação. Em muitas cidades coloniais, esses instrumentos de bronze continuam como agentes de informação, chamando para festas, convocando fiéis para missas e com o poder até de alertar para calamidades.

Em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, a atividade passa de pai para filhos e de tios para sobrinhos, mostrando que ritmo, técnica e bom ouvido são imprescindíveis para fazer o repique chegar à população sempre pela beleza, jamais pelo incômodo. Na mesma cidade, um sineiro atende encomendas de todo o país e uma peça já foi enviada para Miami, nos Estados Unidos.

Também Uberaba emite bons sons, e uma empresa de fundição exportou para o Vaticano.  E como fazer essa história se tornar cada vez mais viva? A professora aposentada de Mariana, Hebe Rôla, autora de um livro infantil sobre o tema, visita escolas e conta à criançada sobre a importância de se preservar a linguagem dos sinos.

Já para quem acha que se trata de um objeto sem serventia, obsoleto, vale o alerta: os ladrões estão de olho neles. No ano passado, um sino, pesando 120 kg, foi arrancado da centenária Capela de Santo Antônio do Monte, no distrito de Engenheiro Nogueira, em Ouro Preto. A polícia e o Ministério Público Estadual (MPE) investigam o sumiço. Portanto, enquanto os sinos dobram nas igrejas, as autoridades devem “redobrar” os cuidados para mantê-los aos olhos e ouvidos da população. Em perfeito estado.

São João del-Rei – Uma escada de pedra com 77 degraus e outra de ferro, com onze, conduzem à torre da Catedral de Nossa Senhora do Pilar e a uma das mais belas e antigas tradições de Minas. Nesse ponto de onde se avistam outras igrejas e parte de São João del-Rei, no Campo das Vertentes, reluzem os sinos que chamam os católicos para missas e procissões, dão notícias a todos sobre mortes e enterros e podem até informar sobre chuvas e incêndios. Enfim, um sistema de comunicação velho como o tempo e em plena atividade nesse mundo tão tecnológico.

O acesso estreito e em curvas que conduz ao campanário da catedral não assusta os jovens Vinícius Adriano Faria Silva e Lucas Henrique dos Santos Bispo, ambos de 16 anos, acostumados, desde a infância, a “passar sebo nas canelas” e atingir a corda e o instrumento em questão de segundos. Com experiência e destreza, a dupla põe os sinos em movimento – desta vez, na noite de segunda-feira, para convocar os integrantes da Irmandade das Almas para a missa.

Piercing brilhante no nariz, cabelo discretamente cortado à la Neymar e quase sempre com a camisa do Flamengo, time do coração, Vinícius faz parte de uma família de sacristãos e sineiros que demonstram completa intimidade com os templos barrocos de São João del-Rei, chamada, muito apropriadamente, de cidade dos sinos, por manter a tradição dos dobros, repiques e badaladas, sem interferências, desde o período colonial. “Não é preciso força, mas jeito”, explica o adolescente sobre o ofício que aprendeu aos quatro anos com o tio Rodrigo. “Meu pai Fábio, sineiro da catedral, não gostava que eu subisse na torre, pois tinha medo que eu caísse de lá. Agora, são as meninas que ficam preocupadas…”, brinca o jovem sobre o charme e mistério que a atividade desperta. Hoje, a cidade assiste, no Largo do Rosário, às 19h30, à Sinfonia dos sinos, um espetáculo com orquestra de músicos locais, com repeteco em 23 de junho e 4 de agosto. O nome do concerto é para homenagear São João del-Rei.

Quem vê os jovens movimentando os sinos pode até pensar que são dois malabaristas, pois, às vezes, para fazer o sino dobrar, chegam a ficar encurvados, com os pés na parede. Aos olhos de quem acompanha a cena, dá um certo medo de que eles se projetem no espaço, mas é tudo ilusão de ótica – são cobras criadas. “Perigoso mesmo é o sino voltar e bater na nossa cabeça. No início, isso ocorria, agora não. A torre libera o estresse, dá muita adrenalina”, diz o rapaz. Já no campanário da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o tio Rodrigo Leandro da Silva, de 41, demonstra total satisfação em ser um “sineiro com carteira assinada”, atividade iniciada aos 21.

Senhora é morta! Na família Silva, de seis filhos, só um fugiu à regra e não trilhou os caminhos da torre das igrejas, mas alguns sobrinhos seguem os passos. No campanário do Rosário, enquanto “comunica” a chegada do enterro de uma mulher da irmandade, Rodrigo conta sobre a mecânica com a qual lida diariamente. “Os sinos pequenos fazem a marcação dos repiques, o médio faz a pergunta e o grande responde. Os três fazem um diálogo entre si.” A convite do Estado de Minas, numa noite fria e chuvosa, parte da família Silva se reuniu na torre da catedral para uma pequena demonstração dessa arte milenar.

Giovanni Tirado Santos Silva, de 29, o Vaninho, auxiliar de escritório, é também sacristão da Capela de Santo Antônio e traz o gosto herdado do pai, José Giovani, e dos tios. “Sinto muito orgulho.” Ao lado, José Giovani, sacristão da Igreja das Mercês, lembra que “sino não tem nota musical” e que para ser um bom sineiro é preciso, basicamente, ritmo e ouvido. Os irmãos destacam que todo sino deve ser batizado e abençoado antes do uso, ganhando, assim, um nome.

Os irmãos Rodrigo, Alessandro, José Giovani, Fábio e Luiz Eduardo, que já foi sineiro, são bem afinados na missão. Alessandro William da Silva, de 37, sacristão da catedral, afirma que técnica é outro componente fundamental. Ele considera o toque mais bonito o da Festa da Boa Morte – Trânsito e Assunção de Nossa Senhora, em 14 de agosto. No último dia de novena, véspera da festa, os sinos repicam, de hora em hora, “Senhora é morta!”, somente na torre esquerda da catedral, em quatro sinos. O repique é realizado até o Glória da Missa da Assunção de Nossa Senhora, no dia 15. Será o mundo dos sineiros masculino? A resposta bate na tecla da “força”, mas uma lenda antiga ainda fala grosso. Dizem os antigos que se o cabelo da mulher batesse no sino ele trincava.

Ao ouvir os sons vindos da torre, os visitantes se encantam. O casal de arquitetos Rinaldo Reis e Suzana Mota, de São Paulo (SP), falou a Laura, de 11, e Vitória, de 5, sobre a importância desse tesouro de Minas, já reconhecido como Patrimônio Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Eles estão para o século 18 e 19 como o telefone celular está para o nosso tempo”, comparou Suzana.

Dias de matraca. Em São João del-Rei, há 27 modalidades diferentes de toques, incluindo avisos de missas, chamada de irmãos, Natal e outros. A cidade resguardou o toque canônico, determinado pelo sínodo ocorrido na Bahia, em 1720 – ano das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia –, mas também incorporou, com o tempo, alguns motivos leigos, que partiram dos escravos. “Os sinos só se calam no período de quinta-feira santa após a missa das 18h até o glória da vigília pascal no sábado à tarde. Nesses dias, só matraca”, explica o secretário da Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte, músico e estudioso do tema, Aluízio José Viegas, de 72 anos. “E em alguns dias, como a festa da padroeira, em 12 de outubro, domingo de Ramos, Natal e Ascensão, não se toca o dobre fúnebre.”

São João del-Rei, entre as cidades brasileiras e coloniais mineiras, foi a que mais conservou antigas tradições, e Viegas cita como principais as solenidades religiosas, litúrgicas e paralitúrgicas, música sacra em sua prática de coro e orquestra e toques de sinos, em suas múltiplas modalidades rítmicas. Ele lembra que no passado quase todas as cidades do país tinham no toque dos sinos o seu meio de comunicado mais usado. “As igrejas e capelas podiam prescindir de alfaias ricas e prataria, mas nunca dos sinos, mesmo que pequeno e apenas um. Eram o elo do clero com os fieis leigos e suas vozes de bronze congregavam, com facilidade, toda a comunidade”, afirma.

Peças - Em Minas, segundo as autoridades eclesiásticas e do patrimônio, não se sabe o número exato de sinos: seria como contar as estrelas do céu, tal a infinidade de campanários, ermidas de fazendas, capelinhas de povoados e outros monumentos. Mas é possível saber como se dá o nascimento das peças de bronze. Na sua oficina, no Bairro Colônia do Marçal, José Edivaldo Ribeiro da Silva, de 57 anos, pai de cinco filhos, recria, na prática, a beleza da forma, a qualidade do som e a magia que envolve o repicar dos sinos. E tem prazer em trabalhar num esquema totalmente artesanal. Funde, no cadinho, as ligas de cobre e estanho, para obter o bronze, molda a peça numa caixa enterrada no chão, retira as rebarbas e faz os arremates com a suas ferramentas. O filho Cleiton, de 35, já é craque no assunto e auxilia o pai no cotidiano.

Natural do Tocantins, Edivaldo chegou a Minas aos seis anos, passando a residir em São João del-Rei em 1974. Técnico em metalúrgica, começou a fabricar sinos como quem encara um desafio, e hoje faz peças que pesam de 1kg a 600kg. O sineiro conta que aprendeu a trabalhar admirando as torres das igrejas antigas. “Compreendi que um som puro é determinado pela liga e pela espessura do sino. Os existentes em São João del-Rei são mesmo diferentes, devido ao material usado nos séculos 18 e 19. Para o som ficar mais agudo, é preciso elevar a quantidade de estanho; e para torná-lo grave, deve-se baixá-lo”, ensina.

A construção do sino é processo longo e demorado, está bem próxima de uma “gestação”. Na primeira etapa, Edivaldo faz a liga de cobre e estanho, para formar o bronze. Num cadinho, derrete o cobre e depois adiciona o estanho também derretido e espera uma semana para que o resultado fique perfeito. Na etapa seguinte, é preciso colocar o molde (de alumínio) dentro de uma caixa, que fica enterrada. A partir da chamada liga-mãe, feita na fase anterior, Edivado faz nova fundição, juntando níquel. Chega a hora de fazer o “vazamento”, despejando o bronze para dar forma ao sino.

Depois de alguns dias enterrado, o sino se encontra em estado bruto, pronto para ser lapidado e receber o acabamento. Com cuidado, Edivaldo leva a peça para a oficina. Nesse local, ele passa a lixadeira para tirar os excessos e dar polimento.

Os tempos modernos não aposentaram os instrumentos de bronze. Na terra do zebu, Uberaba, a 472 quilômetros de Belo Horizonte, a Fundição Artística de Sinos (Fasu) da cidade tem 30 anos de experiência e trabalha sob encomenda, tendo como maiores fregueses padres, donos de fazendas, prefeituras e outros. O encantamento pelas peças vem da fé e do gosto pela arte, diz José William da Silva, filho do proprietário, José Donizetti da Silva, que iniciou as atividades em São Paulo. A empresa tem um tipo de sino com música, que, conforme José William, não tem a ver com equipamentos eletrônicos. “O som sai do próprio sino, por um sistema em que o martelo é acionado de forma eletromecânica”.

Sensibilidade – Um friozinho gostoso já domina as manhãs da primeira vila, cidade e diocese de Minas. No outono de céu azul, a luz solar realça ainda mais as belas construções coloniais de Mariana, entre elas a Câmara, as igrejas de São Francisco e Nossa Senhora do Carmo e a Catedral da Sé, no Centro Histórico. Perto dali, na Rua Dom Silvério, conhecida como “dos Artistas”, fica o casarão onde mora a professora emérita da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Hebe Rôla. Na quarta-feira, com seu charme habitual – chapéu combinando com a bolsa e o casaco beges –, ela saiu cedo para fazer o que mais gosta: falar aos estudantes. Dessa vez, o assunto era um dos preferidos: a linguagem dos sinos, que estuda desde a década de 1980 e ao qual dedicou um livro para a criançada: Bem-te-sino.

A obra fala de um bem-te-vi que queria ser um sino de Mariana, cidade que também conserva esse velho sistema de comunicação entre a Igreja e a população. E, para encantar ainda mais os estudantes, a professora carrega, para as suas palestras, todos os personagens do livro – em forma de brinquedos. Na Escola Estadual Dom Benevides (de tempo integral), as turmas do 1º ao 5º ano ficam de olhos grudados e ouvidos atentos para não perder uma explicação sequer da professora. Para começar, ela convocou, especialmente, os integrantes da centenária Sociedade Musical União XV de Novembro, que tocam um trecho de Os sinos de minha terra, do compositor marianense Aníbal Walter.

Bronze - Na antiga Vila Rica, uma curiosidade chama logo a atenção de quem sobe à torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, no Centro Histórico. Os sinos do século 19 trazem inscrições em latim, gravadas na bacia, apontando a sua função –“É uma particularidade”, diz o diretor do Museu de Arte Sacra, Carlos José Aparecido de Oliveira, o Caju. Na torre, ele mostra o sino da Irmandade de Santo Antônio, onde se lê: Fugo flumina. Festa decoro. Laudo Deum verum. Defunetus ploro. Congrego clerum. Populum voco, que se traduz por “Anuncio incêndios, espanto tempestade e intempéries. Alegro e decoro as festas. Louvo o Deus verdadeiro. Choro os que morrem e falecidos. Congrego e reúno o clero. Chamo e convoco o povo para as preces”.

Caju conta que os três sinos do campanário do Pilar estão rachados, “tocando ainda por teimosia”. Na igreja de Nossa Senhora do Carmo, perto da Praça Tiradentes, no Centro Histórico, está o maior sino de Minas, e que, como todos os demais, tem nome de batismo: Elias, diz o sacristão Jovelino Teodoro da Silva, de 70, que já tocou muitas vezes esse monumento de Ouro Preto. Elias pesa 1,5 tonelada. A palavra sino vem de “signo” que quer dizer sinal. Ao longo dos tempos, representa uma comunicação do homem com Deus”, explica o pesquisador cultural Chiquinho de Assis, autor da dissertação de mestrado Postes, pernas e panelas – Relato etnográfico da prática sineira em Ouro Preto, defendida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Chiquinho de Assis conta que a linguagem dos sinos está presente também em cidades como Congonhas, Catas Altas, Serro e Diamantina. Nessa última, revela, há uma característica: “Os sinos não se movimentam, permanecem o tempo todo parados, mesmo durante os dobres”.

Fonte: Por Gustavo Werneck – Jornal Estado de Minas

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Rodobens Negócios Imobiliários lucra R$ 23,9 milhões no 1º tri



O lucro bruto avançou 6%, para R$ 67,1 milhões.

A Rodobens Negócios Imobiliários encerrou o primeiro trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 23,9 milhões, decréscimo de 64% ante os R$ 66,8 milhões reportados no mesmo período de 2011. No período, o lucro bruto avançou 6%, para R$ 67,1 milhões.

De janeiro a março, a receita líquida da companhia cresceu 11%, para R$ 230,7 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) de R$ 48,6 milhões, variação positiva de 7%. A margem Ebitda foi de 21,1%.

Ainda segundo a empresa, os lançamentos do primeiro trimestre totalizaram R$ 214 milhões distribuídos em 1.194 unidades, sendo R$ 105 milhões parte Rodobens.

Nos primeiros três meses do ano, as vendas contratadas totais atingiram R$ 192 milhões, sendo R$ 163 milhões correspondentes à participação Rodobens. No trimestre foram vendidas 1.774 unidades, perda de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: http://ultimoinstante.com.br

sábado, 5 de maio de 2012

Normas de sustentabilidade serão apresentadas na Rio+20


Conferencistas ligados ao tema do desenvolvimento sustentável darão testemunhos de normas internacionais que foram desenvolvidas

Rio de Janeiro - A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a International Organization for Standardization (ISO) vão participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, programada para junho no Rio.

Durante o seminário Normas Internacionais da ISO e Economia Verde: Solução para Desafios Globais, as duas entidades vão mostrar como as normas técnicas podem auxiliar as empresas na busca do desenvolvimento sustentável em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais.

O Comitê da ONU para a Rio+20 confirmou à ABNT que ela terá um espaço na conferência oficial no dia 18 de junho, das 9h30 às 11h, no Riocentro. “O tema é demonstrar quanto as normas internacionais contribuem para os objetivos da economia verde”, disse o gerente de Relações Internacionais da associação, Eduardo Campos de São Thiago.

Conferencistas estrangeiros, ligados ao tema do desenvolvimento sustentável, darão testemunhos de normas internacionais que foram desenvolvidas para cumprir os objetivos da Rio+20, entre elas a que estabelece critérios de sustentabilidade para bioenergia. Será abordado também o papel da ABNT como parceiro estratégico da ISO para fortalecer a participação dos países em desenvolvimento.

Outros eventos paralelos que contarão com a participação da ABNT durante a Rio+20 já estão confirmados. Um deles será organizado pelas Federações das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e de São Paulo (Fiesp) no Forte de Copacabana. A associação terá espaço também na exposição que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, fará no Píer Mauá.

Eduardo São Thiago informou que as apresentações da ABNT nos dois eventos estão marcadas para os dias 16 e 20 de junho, respectivamente, de manhã. ”Nós vamos demonstrar para o público como as normas internacionais podem contribuir para o desenvolvimento sustentável”, reforçou.

A ABNT vai demonstrar a importância das normas como ferramenta para o desenvolvimento sustentável sob a ótica do usuário, englobando a indústria, o governo, as organizações não governamentais e os trabalhadores.

Um dos destaques das apresentações da associação na conferência oficial e nos eventos paralelos é a norma ABNT NBR ISO 26.000 de Responsabilidade Social, publicada ao final de 2010, disse São Thiago. Essa norma envolveu 450 especialistas de quase 100 países no esforço de “tornar concreto o anseio da sociedade mundial, que era ter uma orientação sobre responsabilidade social”, destacou. O processo se estendeu de 2005 a 2010, na busca de consenso sobre a matéria.

O gerente da ABNT disse que um evento como a Rio+20 traz intenções que, para serem concretizadas, necessitam de normas. Lembrou que um dos resultados apresentados pela Conferência da ONU para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio em 1992, foi a elaboração da norma de gestão ambiental ISO 14.000. “Foi um resultado direto da Rio 92”.

Fonte: Alana Gandra - Agência Brasil.