Saber

O saber é humano, a sabedoria é divina...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Barack Obama mais quatro anos na Casa Branca


Obama reeleito

Numa eleição disputadíssima, em que mais uma vez o estado de Ohio teve importância fundamental, o presidente americano Barack Obama foi reeleito para mais quatro anos à frente da Casa Branca ao derrotar o republicano Mitt Romney. Passava um pouco das 2h da madrugada quando as redes de televisão projetavam a vitória do democrata, superando os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral.

Mesmo antes de terminar a apuração em todos os estados, Obama pôde ser considerado o vencedor da disputa, graças ainda aos resultados apresentados nos estados de New Hampshire, Pensilvânia, Wisconsin e Michigan.

O democrata comemorou no Twitter: "Isto aconteceu graças a vocês. Obrigado. Mais quatro anos. Estamos todos juntos nisto. Fizemos assim na campanha e é como somos. Muito obrigado".

O voto hispânico, afroamericano, das mulheres e dos jovens voltou a ser decisivo, como há quatro anos, mas desta vez em uma eleição muito disputada contra Mitt Romney, que pode vencer na votação geral no país.

Romney admitiu a derrota em um discurso para seus partidários em Boston, quando afirmou ter telefonado a Obama para cumprimentá-lo pela vitória. "Os eleitores dele e sua campanha também merecem felicitações. Eu desejo bem a todos eles, mas especialmente ao presidente, à primeira-dama e a suas filhas. Acabo de ligar para o presidente Obama para felicitá-lo por sua vitória. Este é um momento de grandes desafios para a América e rezo para que o presidente tenha êxito guiando a nossa nação", disse.

Obama foi o primeiro afro-americano eleito presidente dos Estados Unidos, sob o lema de mudança e esperança. O presidente governará com os republicanos mantendo a maioria na Câmara dos Representantes, mas com um Senado sob o controle democrata.

O presidente dos Estados Unidos é eleito por um Colégio Eleitoral formado por delegados dos Estados, o que explica a vitória de Obama mesmo perdendo no voto popular. O índice de participação foi recorde, segundo todas as estimativas.

A eleição começou a ser definida após o fechamento dos centros de votação nos primeiros estados da costa leste, quando as projeções das TVs apontaram vantagem de Obama em estados-chave como Pensilvânia e Ohio, e uma pequena vantagem na Flórida. Finalmente, Obama confirmou seu favoritismo na Pensilvânia, com 20 delegados, em Ohio, com 18, e venceu na equilibrada Flórida, onde os 29 delegados foram decisivos para a reeleição. Obama também venceu nos estados-chave de Virgínia, com 13 delegados, Colorado, 9, e Nevada, 6. Com estes três Estados determinantes, Obama assegurou 303 eleitores no Colégio Eleitoral, 33 a mais que os 270 necessários para permanecer na Casa Branca.

Ao discursar como vitorioso, Obama disse ao público que comemorava sua reeleição em Chicago que "sabemos, nos nossos corações, que, para os Estados Unidos da América, o melhor está por vir" e garantiu que permanece na Casa Branca "mais determinado e inspirado". Ele parabenizou o processo democrático no país e disse que quer "trabalhar com líderes dos dois partidos", pois há muito trabalho a fazer.

A vitória de Barack Obama foi comemorada por partidários na madrugada desta quarta-feira, diante da Casa Branca.

Segundo os primeiros resultados das eleições, ele contará com a maioria democrata no Senado, mas enfrentará uma situação adversa na Câmara dos Deputados, onde os Republicanos fizeram maior número de cadeiras.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Senado aprova projeto de lei para combater crimes na internet


O Senado aprovou nesta quarta-feira (31/10) o Projeto de Lei da Câmara 35/2012, que altera o Código Penal para tipificar como crime uma série de infrações no universo virtual. A proposta, apelidada de “lei Carolina Dieckmann”, foi votada na Câmara em maio deste ano, logo depois que fotos da atriz em poses sensuais foram parar na internet sem sua autorização. Como recebeu emendas no Senado, a proposta segue novamente para a Câmara dos Deputados, onde será revista.

“Ele [o projeto] produzirá uma mudança na utilização da internet no Brasil. Inclusive punir os criminosos que roubaram e distribuíram as fotos da atriz Carolina Dieckmann”, afirmou então o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). “Infrações relacionadas ao meio eletrônico como invadir computadores, violar dados de usuários ou derrubar sites estão mais perto de se tornarem crimes”, definiu a Agência Senado ao anunciar a aprovação.

O projeto de lei que tem autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) classifica como crime, por exemplo, a violação indevida de equipamentos e sistemas conectados ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do titular, ou ainda para instalar vulnerabilidades. A pena nesses casos é de três meses a um ano de detenção, além de multa.

Também está prevista punição de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa, para quem obtiver dados após a invasão ou controlar a máquina invadida remotamente. A pena aumenta de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro dos dados obtidos. Segundo a Agência Senado, estima-se que, em 2011, as instituições financeiras tiveram prejuízos de cerca de R$ 2 bilhões com delitos cibernéticos.

Carolina Dieckmann

A história da atriz se encaixa em algumas dessas categorias. Os responsáveis pela publicação teriam invadido o computador de Carolina e roubado suas fotos, para então divulgá-las na internet sem sua autorização. Antes da publicação das fotos, a atriz teria sido chantageada. O processo aberto por Carolina ainda não foi concluído.

Em agosto, ela comentou o caso para a revista “Caras”. “Está no ritmo da justiça brasileira, mas o importante foi não ficar quieta, não deixar passar. Temos que deixar essa ideia de que a internet não é terra de ninguém, que se pode tudo. Quis abrir os olhos e mostrar que esses crimes podem ser solucionados e que todo mundo tem o direito de entrar na Justiça. Fiz o que sempre achei que precisava ser feito e não tive medo. Estou em dia com a minha cidadania.”

Fonte: http://tecnologia.uol.com.br