A Caixa Econômica
Federal estima um volume de negócios imobiliários superior a R$ 90 bilhões em
2012 com a redução de até 21% nos juros de empréstimos para o setor, segundo
previu nesta quarta-feira o vice-presidente de governo e habitação do banco,
José Urbano Duarte.
Segundo Duarte, no
entanto, a previsão deve ser revista. "São estimativas conservadoras,
vamos ter que rever essa nova projeção para esse ano. Mas ela está sustentada
em dados bastante concretos. Até 20 de abril deste ano, realizamos R$ 26,1 bi
em volume de negócios, valor 43% maior que o registrado no mesmo período do ano
passado. Além disso, tradicionalmente o segundo semestre tem se revelado mais
intenso em volume de negócios que o primeiro semestre", disse.
O banco estatal
anunciou hoje uma redução de até 21% nas diferentes modalidades de
financiamento imobiliário para correntistas e não-correntistas da Caixa. Os
clientes do banco, no entanto, terão taxas anuais menores que o público em
geral. Os novos juros já valerão para os negócios contratados a partir do
próximo Feirão da Casa Própria, realizado pelo banco a partir de 4 de maio.
De acordo com o
vice-presidente do banco, a redução foi possível porque a inadimplência no
pagamento de parcelas de financiamentos imobiliários está em nível
historicamente baixo. "A inadimplência média é 1,7% (atraso acima de 90
dias). Há determinadas carteiras em que esse nível é menor ainda. Esse nível
vem sendo constante, o que é bastante interessante para nós. Em 2007, a
inadimplência era maior, de 3%. Hoje, na maioria dos contratos, a prestação é
decrescente, o que facilita a gestão familiar. A renda das famílias
melhorou", afirmou.
Duarte disse, ainda,
que há espaço para a expansão da oferta de crédito imobiliário no Brasil.
Atualmente, esse tipo de financiamento corresponde a 5,3% do Produto Interno
Bruto brasileiro (a soma de todas as riquezas produzidas no País). O Brasil
fica atrás de países como China, Índia, México, Chile e África do Sul.
"Esse percentual de 5,3% de crédito imobiliário em relação ao PIB no
Brasil é pequeno, tem espaço para crescer. Medidas como essas permitem que esse
crescimento continue, mas temos potencial de crescimento muito significativo.
Criar condições para que esse mercado cresça de forma sustentável é obrigação
de todos os envolvidos", disse.
Fonte: http://economia.terra.com.br
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