Presidente da Associação, Wilson Teslenco
A poucos dias de se
completar um mês da volta da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) na
direção da Santa Casa, a entidade cancelou os contratos de estacionamento e
auditoria e abriu o processo para que outras empresas também participassem.
O presidente da
Associação, Wilson Teslenco, deixou claro nesta manhã que vão ocorrer demissões
dentro de um critério de excesso de contingente ou de impossibilidade de
adequação em outros setores. A diretoria acredita que tais medidas para redução
de custo sejam sentidas já a partir de julho.
Desde que a ABCG
retomou a Santa Casa, no dia 17 de maio, o trabalho tem sido de rever
contratos, processos de compras e reavaliar os Recursos Humanos no Hospital.
“Dentro do processo de compras estamos fazendo várias ações e revendo a
necessidade de mão-de-obra”, descreveu Teslenco.
O contrato com a
empresa de estacionamento Fama Park foi cancelado porque no entendimento da
gestão do hospital era preciso rever a ampliação e participação de outras
empresas no processo. “Ela continua aberta para participar, mas nós esperamos
obter melhores resultados”, explicou o presidente da Associação.
Quanto ao contrato de
auditoria, Teslenco disse que o valor foi renegociado e que o serviço será
aberto também para participação de outras empresas.
Próximo de se chegar
a 30 dias no comando, a ABCG ainda considera a situação difícil diante dos
pagamentos de tributos e ampliação de custeio, que ainda não aconteceram por
parte do poder público.
Empréstimo - Quanto ao
empréstimo de R$ 80 milhões para quitar as dívidas a curto prazo, a ABCG diz
que tudo está tudo encaminhado tanto do aspecto de negociação, quanto à
anuência da prefeitura.
Segundo o presidente,
hoje nada está faltando no processo para o empréstimo. “Vai faltar a anuência,
mas pelas conversas que tive com o Bernal, tudo indica que vai haver. Nós só
precisamos agora encontrar parceria na responsabilidade deste empréstimo”. O
empréstimo, conforme estimativa da ABCG deve sair entre 45 e 60 dias.
Teslenco disse que em
um primeiro momento, a prefeitura sinalizou que pagaria metade dos tributos,
mas que depois recuou. No entanto, a ABCG continua insistindo e quer ainda
responsabilizar Estado e Município pelo pagamento do financiamento.
“Hoje a Santa Casa
não tem como pagar esse financiamento. Em geral a por ter havido uma confusão
na transferência da obrigação entre rede estadual e municipal, a Santa Casa faz
sem a respectiva receita”, exemplificou.
A Santa Casa estava
sob intervenção do poder público desde 13 de janeiro de 2005. Inicialmente, o
processo foi administrativo, por meio de decretos da Prefeitura de Campo
Grande. Em 2007, a intervenção passou a ser judicial. O pedido ao Poder
Judiciário partiu do MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público
Federal) e MPT (Ministério Público do Trabalho).
Fonte: Campo Grande
News
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