O Senado Federal já se prepara
para realizar concurso para o provimento de 246 vagas ainda no primeiro
semestre de 2012. A Casa tem autorização para preencher 104 vagas de nível
médio, na função de técnico legislativo, e 142 para o superior, nas de analista
e consultor legislativos. Já foi formada a comissão responsável pelos
preparativos, e o próximo passo é o início do processo de escolha de uma
instituição organizadora.
Mas
antes mesmo disso os especialistas na área de concursos já começam a apostar em
quem poderá ser responsável por um dos concursos mais aguardados do país. O
diretor acadêmico do Instituto IMP, Antônio Geraldo, acredita que o Senado
decidirá por contratar a mesma instituição que organizou seu último concurso, a
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
"A
expectativa é que seja mantida a banca examinadora do último concurso. Após os
escândalos de 2009, a Casa tomou algumas atitudes para organizá-la, dentre elas
a reforma administrativa, que está sendo feita pela Fundação Getúlio Vargos
(FGV), e uma das ações de tal reforma é o concurso público. Por isso, há uma
tendência de que a FGV faça a prova", prevê.
Os
cargos de técnico, analista e consultor possuem diversas especialidades,
contemplando 27 áreas de atuação e carreiras. Os salários iniciais são de
R$3.168, R$4.873 e R$5.675, respectivamente. Somando os adicionais, que também
variam de acordo, esses valores chegam a R$13.833, R$18.440 e R$23.862, pela
mesma ordem. Os servidores têm direito a gratificações de Atividade
Legislativa, de Representação e de Desempenho.
Mesmo
com o anúncio, segue em tramitação a reforma administrativa da Casa, prevista
pelo Projeto de Resolução n° 96/2009. A proposta se encontra em avaliação na
Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ), última antes de seguir a
votação. A grande quantidade de aposentadorias que podem ocorrer nos próximos
anos é um dos principais motivos para a autorização do concurso, que, a
princípio, ocorreria apenas quando finalizada a reforma administrativa. Até
2015, um total de 1.400 servidores estarão aptos entrar com pedido de
aposentadoria. Somente até o final deste ano, mais de 300 funcionários poderão
se aposentar.
O
último concurso para o Senado foi realizado em 2008 e recebeu mais de 42 mil
inscrições. Os participantes fizeram duas provas, objetiva e discursiva. A
primeira teve 70 ou 80 questões, dependendo da escolaridade, sobre Português,
Conhecimentos Gerais e Específicos e, para alguns cargos, Inglês, Espanhol e
Informática. Já o exame discursivo contou com uma questão para o nível médio e
duas para o superior.
Nível médio terá oferta de 104
vagas
O
nível médio contará com um total de 104 oportunidades, sendo que 90 dessas se
dividem entre quatro funções, todas especialidades do cargo de técnico
legislativo: processo legislativo (25 vagas); polícia legislativa (25);
administração (20); e proceso industrial gráfico (20). Todas exigem diploma de
conclusão do ensino médio e têm salário inicial de R$3.178,04, chegando a
R$13.833,64 com as diversas gratificações a que os funcionários têm direito.
Na
última seleção para o cargo e técnico, em 2008, os candidatos fizeram provas
objetiva e discursiva. A primeira contou com 70 questões sobre Língua
Portuguesa (20), Inglês (10), Noções de Informática (10), Conhecimentos Gerais
(10) e Específicos (20). O exame discursivo contou com uma questão sobre
Conhecimentos Específicos e uma redação.
Para
que fossem aprovados, os candidatos tiveram de obter metade dos pontos em cada
uma das seções da prova. Somente os classificados até dez vezes o número de
vagas de sua função tiveram suas provas discursivas corrigidas. Candidatos a
Polícia Legislativa ainda passaram por teste de capacidade física, avaliação
psicológica e curso de formação. Ambas as avaliações foram realizadas em sete
capitais do país: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre
(RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
Fonte: Folha
Dirigida
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