Valor da indenização
a funcionários públicos federais e militares que ficarem no Rio para
conferência e até 8 dias depois foi aumentado por decreto
Preocupado com os
elevados preços de hospedagem durante a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, o governo federal decidiu dobrar o valor da
indenização de diárias aos servidores públicos federais e militares que ficarem
no Rio de Janeiro para a Rio+20. Decreto publicado na quarta-feira no Diário
Oficial da União prevê aumento de 100% nas diárias - o benefício é válido até
30 de junho, oito dias após o fim do encontro.
O valor de
indenização das diárias varia conforme o cargo, função e o destino da
autoridade. No caso de viagens ao Rio de Janeiro, o preço variava para
servidores públicos federais de R$ 224,20 (cargos de nível intermediário e
auxiliar) a R$ 581 (ministros). Agora, passa a ficar entre R$ 448,40 e R$
1.162.
Para militares, a margem
da diária, que era de R$ 186,20 (praças especiais) a R$ 406,70 (comandantes da
Marinha, Exército e Aeronáutica), ficou de R$ 372,40 a R$ 813,40. O Ministério
do Planejamento atribui a medida à defasagem dos atuais valores e lembra que
medida semelhante foi tomada por conta da realização dos Jogos Pan-Americanos
de 2007, no Rio.
Parlamento Europeu
quase não vem por conta dos preços
O preço das diárias
cobradas durante a conferência irritou a presidente Dilma Rousseff, que exigiu
que o governo pressionasse o setor e reduzisse os valores. O Parlamento Europeu
chegou a comunicar que não mandaria mais sua delegação ao País, ao constatar
que a conta ficaria na casa dos 100 mil euros.
No mês passado, o
Palácio do Planalto anunciou acordo com a Associação Brasileira da Indústria de
Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ) e a agência Terramar para reduzir de 25% a
35% o valor das diárias durante a Rio+20. O acordo também acabou com os pacotes
que exigiam um período mínimo de dias de permanência. Na época, o presidente da
Embratur, Flávio Dino, justificou a pressão do governo, alegando que a
"lei da oferta e da procura não é absoluta, não pode se traduzir em
práticas abusivas".
Fonte: Agência Estado
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