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sábado, 9 de junho de 2012

Saúde pública em alta versus mercado imobiliário no Brasil



Conforme recentes decisões tomadas no Distrito Federal, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação e Cultura estão trabalhando de forma sincronizada, no sentido de ampliar o quantitativo de profissionais de medicina no Brasil.

Ao longo de minha carreira na área de saúde, inclusive sindical, aprendi que para se fazer saúde pública de qualidade tem que se investir na crescente profissionalização de um dos pilares da saúde, nesse caso refiro-me aos médicos.

Como equacionar tal situação? O ministro do MEC, Aluízio Mercadante disse: temos que aumentar o número de vagas nas Universidades para o curso de medicina! Já o ministro da saúde Alexandre Padilha, afirmou que temos que aumentar os investimentos incentivando o PAC da saúde! E agora vamos pensar juntos: para se preparar uma receita culinária é preciso ingredientes, sem o qual não se faz o produto. Então a equação é a seguinte: o ministro Mercadante arruma os ingredientes, no caso os profissionais de saúde, que o ministro Padilha faz o bolo, no caso a estruturação de todo aparelhamento das unidades de saúde em voga: UPA (Unidades de Pronto Atendimento) com as UBS (Unidades Básicas de Saúde), simples assim!!!

Se não houver essa sincronia, a coisa não anda. Calcula-se que seja necessária uma demanda de mais de 150.000 novos médicos até 2020 conforme o Conselho Federal de Medicina (CFM), inclusive em parcerias com universidades internacionais. "Serão repassados recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para a construção de 136 UPAs. O dinheiro também será destinado à ampliação de 56 UPAs e de 5.459 unidades básicas de saúde. Segundo o ministério, o objetivo é aumentar o acesso aos serviços de saúde com qualidade, desafogar os atendimentos nas urgências e emergências e ampliar a assistência especializada. (Correio Braziliense)"


Pergunto: onde entra o mercado imobiliário? Sutilmente e com força, na construção de novas unidades de saúde. Valorizando a engrenagem geopolítica de novos serviços públicos para um fluxo local, ou seja, quanto mais serviços ofertados, maior é a valorização imobiliária da região, com ofertas de novos imóveis para suprir os novos usuários do serviço, principalmente os idosos aposentados e os profissionais de saúde em questão que ajudarão a aquecer o comércio local. Por esse detalhe é que acompanho cada passo dos governantes (presidente, governadores e prefeitos) em todos os âmbitos, pois, é a política que dita todas as vertentes da sociedade.

Em síntese, a perspectiva é boa para os próximos anos, é esperar para ver. Acredito imensamente na boa intenção dos tecnocratas do Governo Dilma. Como dizia no tempo da vovó, “a esperança e a última que morre”.

Fonte: Ciro Rod 

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