Saber

O saber é humano, a sabedoria é divina...

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Estudante de 19 anos é aprovada em 11 universidades de medicina



Das aprovações, oito foram em federais e estaduais.

“É preciso ter foco e saber o que quer”, diz jovem.

Uma estudante de apenas 19 anos de Pouso Alegre, no Sul de Minas, foi aprovada no curso de medicina de 11 universidades do país. A determinação de Mariana Vilas Boas garantiu a ela 8 aprovações em universidades federais e estaduais, entre elas Unicamp, USP e UFMG.

Mariana iniciou os estudos em escolas públicas e logo se destacou com boas notas que garantiram bolsas de estudos. “Consegui uma bolsa em uma escola particular e fiquei por lá até me formar”, conta.

Depois dos dias e dias de estudos, Mariana precisou fazer uma peregrinação pelos vestibulares do país. “Teve uma semana inteira que eu fiquei viajando de cidade em cidade para fazer as provas. Alguns vezes cheguei a prestar provas um dia seguido do outro”, informa.

Além de passar em um dos cursos mais concorridos do país, a jovem também foi aprovada em odontologia e fisioterapia. Não foi difícil optar pela medicina, mas a escolha da universidade foi um pouco mais complicada. “Enquanto não tinha saído o resultado da USP estava muito confusa. Mas quando fiquei sabendo que fui aprovada lá eu não tive dúvidas, pois sempre foi meu sonho”, informa a jovem.

Antes de começar, Mariana já traçou o caminho que irá seguir após a universidade. “Quando eu me formar vou buscar uma boa residência para construir minha carreira. Gosto muito de crianças, então acho que vou seguir pediatria”, explica.

Para quem está se esforçando para passar no vestibular, Mariana deixa a dica. “É preciso ter foco, saber o que quer e não desistir. Você não pode achar que enquanto está estudando não está vivendo”, revela.

Fonte: http://g1.globo.com

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mulher supera doença e é aprovada na universidade onde filha se formou



Marlene de Oliveira passou em 12º lugar para Economia na UFSJ.

Ela lutou sete anos contra o transtorno esquizoafetivo.

Muitos ingressam em um curso superior para ter uma profissão. Para Marlene Aparecida de Oliveira, moradora de Ouro Branco, na Região Central de Minas Gerais, ser aprovada no vestibular representou a recuperação da dignidade e da autoestima. Aos 48 anos, ela vai estudar economia na Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), mesma instituição onde sua filha mais nova, Karina Giancotti, graduou-se em engenheira elétrica. “Foi ótimo. Quem diria que ela iria passar?”, conta a caçula recém-formada.

Marlene decidiu que era hora de voltar a estudar depois de lutar contra um tipo de transtorno psiquiátrico. “Foram sete anos, eu falava coisas que as pessoas não compreendiam. Era como se eu falasse uma língua que não dava para entender uma palavra”, relembra a caloura.

Nascida na cidade de Califórnia, no Paraná, Marlene mudou-se para Minas Gerais em 1992 para gerenciar uma mineradora de pequeno porte. Com a doença, Marlene se viu obrigada a interromper a carreira. “Passei sete anos sendo chamada de maluca, na verdade, sou chamada até hoje”, afirma. Depois de várias tentativas, ela encontrou o tratamento certo e pode retomar sua vida. Para ganhar dinheiro, chegou a fazer faxina em diversas casas de estudantes em Ouro Branco.

Marlene se tratou do chamado transtorno esquizoafetivo. O psiquiatra João Vinícius Salgado, que acompanhou parte do tratamento dela, explica que o paciente com este quadro pode apresentar alterações de comportamento e delírios motivados ou não por quadro de humor. “Pequena parcela desses doentes consegue ter uma vida plena, ter emprego e constituir uma família por causa da gravidade dos sintomas e da ausência atualmente de tratamento que seja satisfatório”, disse.

Mas ela conseguiu driblar algumas limitações e se propôs a realizar o sonho de fazer um curso superior, que vinha desde os tempos da adolescência. Foi aí que procurou um supletivo. Não foi na primeira tentativa que Marlene garantiu uma vaga na universidade, mas, apesar disso, não desistiu. Conseguiu uma das disputadas vagas em cursinho da prefeitura de Ouro Branco e seguiu firme nos estudos. (O cursinho não precisa ter nome e nem ser caro, o aluno é que tem que ser determinado. Comentário Ciro Rod)

Rotina regrada

A caloura tinha uma rotina bem regrada, apesar de revelar que não acordava muito cedo. Todos os dias, por volta da 1h, ela ia até o ponto de ônibus esperar a filha caçula Karina chegar das aulas de Engenharia Elétrica na UFSJ, que fica a cerca de 2h30 de viagem de Ouro Branco. No cursinho, Marlene se sentava na frente para escutar bem os professores e relia o conteúdo em casa. “Fiz alguns amigos no pré-vestibular, mas estava lá para cumprir meu objetivo. Eu gosto de estudar, não acho um sacrifício. Quero estudar muito ainda”, explica.

O empenho teve como recompensa a aprovação em 12º lugar. Para Marlene, essa vitória deve ser dedicada a muitas pessoas, além das filhas. Segundo ela, os verdadeiros amigos, que deram apoio durante a doença, e o médico responsável pelo tratamento foram fundamentais.

Uma das limitações do transtorno é o déficit cognitivo, que pode comprometer o aprendizado. Segundo o psiquiatra, alterações biológicas, uso inadequado de medicação e falta de estímulo justificariam esse déficit. Como explica Salgado, o portador pode apresentar quadro de perda de vontade e, por vezes, acaba sendo isolado no convívio social.

A doença desafia a ciência, que pesquisa as prováveis causas e busca a cura. “Normalmente a doença aparece no fim da adolescência e início da idade adulta. Por que exatamente, não se sabe. Pode estar relacionado à predisposição biológica, que associada a fatores adquiridos ao longo da vida, fazem eclodir a doença”, afirma Salgado. O transtorno esquizoafetivo, segundo o médico, pode ser controlado com medicação e psicoterapia. Um momento de superação, como o que foi vivido por Marlene, ajuda a recuperar a autoestima e favorece o tratamento.

A caloura do curso de economia vai se empenhar pelos próximos cinco anos não só para se deslocar entre Ouro Branco e São João del Rei. Ela quer se esforçar para fazer algo que valha à pena. “Eu adoraria fazer uma coisa super diferente. Eu sempre acreditei que podia mudar a vida das pessoas para melhor. Acredito em solidariedade porque eu tive muita”, planeja.

Fonte: http://g1.globo.com

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Brasileiros que estavam em base na Antártida chegam ao Rio



Avião com 41 passageiros saiu do Chile. Incêndio em base matou duas pessoas no sábado

RIO DE JANEIRO - O voo com 41 brasileiros que estavam na base incendiada da Marinha na Antártida chegou ao Rio de Janeiro pouco depois de 1h desta segunda-feira (27/02). O grupo é formado por 26 pesquisadores, 12 operários do arsenal da Marinha, um alpinista, um funcionário do Ministério do Meio Ambiente e um militar ferido, de acordo com a Marinha. A Estação Comandante Ferraz foi atingida por um incêndio na madrugada deste sábado (25), que matou dois militares.

O militar ferido, o sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, chegou no Rio de Janeiro de cadeira de rodas e será transferido de ambulância para o Hospital Naval Marcílio Dias.

O voo saiu de Punta Arenas, no Chile, durante a tarde deste domingo (26), para onde os brasileiros foram transportados pela Força Aérea da Argentina. Antes de aterrissar na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, a aeronave faz uma parada em Pelotas pouco depois das 21h de domingo (26). Três pesquisadores da Unisinos, de São Leopoldo (RS), e um funcionário de Ibama desembarcaram na cidade.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Marinha, o almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto estão na pista da Base Aérea do Galeão para acompanhar a chegada dos brasileiros. Segundo Amorim, os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que estão na base chilena Eduardo Frei, devem chegar ao Rio de Janeiro na terça-feira (28).

A Marinha do Brasil afirmou em nota neste domingo (26) que 70% das instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz foram destruídas. Todo o prédio principal da base, onde ficavam o alojamento e alguns laboratórios de pesquisa, foi atingido pelo fogo. Ficaram intactos os refúgios – módulos isolados usados apenas em emergências – e os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera, assim como os tanques de combustíveis e o heliponto.

Fonte: http://g1.globo.com

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Aquecimento do mercado imobiliário favorece advocacia


A advocacia voltada ao segmento imobiliário está em alta, favorecida pelo bom desempenho da economia. Nunca se construiu e vendeu tantos imóveis no Brasil, a ponto de o país já aparecer no alto da lista dos maiores construtores imobiliários de todo o mundo. E com a economia em alta, cada vez mais um número maior de profissionais do Direito, de diferentes áreas de atuação, são chamados a respaldar negócios e iniciativas no mercado imobiliário e, ao mesmo tempo, intervir na tentativa de solucionar uma gama quase infindável de litígios decorrentes de tal aquecimento. Um círculo virtuoso, no sentido clássico empregado à expressão.

No ano passado, o volume de crédito habitacional para a compra ou construção da casa própria passou, pela primeira vez, a fantástica marca de R$ 200 bilhões — um crescimento de 45% em relação a 2010, quando o setor imobiliário também atingiu um patamar histórico, com 1,052 milhão de moradias financiadas com recursos das cadernetas de poupança e do FGTS, as duas principais fontes de crédito para a compra da casa própria. Tudo indica que o ritmo será mantido em 2012. Pelos números do Banco Central, o financiamento habitacional no Brasil corresponde a 4,8% do Produto Interno Bruto, um índice sem precedente, mas ainda bastante modesto quando comparado à média internacional.

Junto com a explosão de vendas, estão velhos e novos problemas que, invariavelmente, encontram no judiciário o caminho mais conhecido, embora quase nunca o mais rápido para a resolução de litígios. As estatísticas consolidadas por entidades que atuam na defesa do mutuário indicam que pelo menos três em cada dez prédios novos entregues ao comprador apresentam problemas de vícios de construção ou defeito na obra. Parte desses casos é resolvida por meio de acordo entre a construtora e o comprador, mas a grande maioria vai parar nos tribunais, com resultados duvidosos e demorados.

De certa forma, olhar pela janela e ver um prédio surgir praticamente do nada e olhar para a seção sobre direito imobiliário de uma boa livraria não difere muito. Tanto quanto o amplo segmento de compra e venda de casas e apartamentos, o mercado editorial jurídico também esbanja vitalidade. Na prateleira das grandes livrarias chama a atenção não apenas a grande quantidade de livros e autores que tem no mercado imobiliário o foco principal, mas também a diversidade dos temas abordados — das questões trabalhistas aos chamados vícios de construção, passando por questões que envolvem compra, venda, financiamento e crédito, registro e averbações, inventários e partilhas, tributação, condomínios e a própria atividade voltada à administração de bens imóveis, entre diversos outros tópicos presentes no dia a dia do cidadão (profissional ou não do mercado) e dos tribunais.

Não é uma tarefa fácil relacionar todos os lançamentos, mas com a ajuda da internet dá para listar alguns dos títulos, exclusivamente voltados ao mercado imobiliário, com maior evidência nas prateleiras, na doutrina e na jurisprudência. Não tem o rigor técnico de uma pesquisa, mas pode orientar na escolha de quem precisa manter-se atualizado com o tema, independente da área de atuação ou do lugar eventualmente ocupado no balcão. Eventuais sugestões, sempre bem-vindas, podem ser encaminhadas pelo e-mail ao final da página. Como a área é extensa, voltaremos ao assunto em uma próxima coluna.

A primeira sugestão de leitura é Direito Imobiliário, de Luiz Antonio Scavone Júnior, já em sua 4ª edição. O livro se destaca por oferecer ao leitor uma visão especializada do Direito sem jamais perder de vista a aplicação prática dos ensinamentos. Ao lado da legislação, da doutrina e da jurisprudência, o autor dedica boa parte das quase 1.400 páginas do livro para a  abordagem de problemas cotidianos, como contratos de locação, financiamento imobiliário, vizinhança e convenções condominiais, entre muitos outros.

Curso de Direito Imobiliário, do advogado e professor Hércules Aghiarian, segue uma linha parecida, mas também se destaca por apresentar farta coletânea das decisões adotadas por diversos tribunais, especialmente pelo STF e pelo STJ. Em sua 11ª edição, o livro é voltado basicamente para advogados e outros profissionais do direito e tem sido utilizado nos cursos de graduação e pós-graduação de várias instituições de ensino.

Compra de Imóveis, de Bruno Mattos e Silva, vai direto ao ponto. O autor descreve o passo a passo para a aquisição da casa própria e enfatiza os cuidados necessários para que sejam reduzidos os riscos jurídicos inerentes ao negócio. Na prática, funciona como um manual para o comprador, ao mesmo tempo em que se mostra extremamente útil na chamada advocacia preventiva ou consultiva, uma vez que boa parte da abordagem do autor gira em torno dos aspectos que antecedem a compra do imóvel.

Direito Registral Imobiliário, do desembargador Venício de Paula Salles, por sua vez, é um livro mais voltado para especialistas e de leitura um pouco mais complexa. Entre os temas abordados, o autor destaca o processo de retificação do registro de imóveis e mostra que nem sempre a melhor informação é necessariamente aquela que aparece em documentos, contratos, transcrições ou matrículas, mas sim a que se encontra materializada pela implantação do imóvel no solo, por suas marcas e marcos, a que verdadeiramente indica "se o imóvel está onde sempre esteve”.

Por fim, mas sem a pretensão de esgotar a relação, aparece o Guia Prático do Corretor de Imóveis, de Sylvio Lindenberg Filho, ele próprio corretor e consultor do mercado imobiliário há quase três décadas. A rigor, o livro foi escrito como forma de orientar a venda, o que por si só justifica a leitura também por parte do eventual comprador de imóveis. Os cuidados e as recomendações servem para os dois lados do negócio, pois o sucesso de um não está dissociado do outro. Um dos destaques do livro é o capítulo reservado ao estudo do imóvel à venda (ou a ser comprado), onde o autor detalha os vários fatores que, no conjunto, ajudam na formação do preço final. É, por assim dizer, o ponto inicial de um longo processo de efeitos múltiplos sobre diferentes áreas da economia e do judiciário.

Serviço:

Título: Direito Imobiliário — Teoria e Prática
Autor: Luiz Antonio Scavone Júnior
Editora: Forense Jurídica
Edição: 4ª Edição — 2011
Números de páginas: 1.384
Preço: R$ 243,00

Título: Curso de Direito Imobiliário
Autor: Hércules Aghiarian
Editora: Lumen Juris
Edição: 10ª edição — 2011
Número de páginas: 476
Preço: 120,00

Título: Compra de Imóveis
Autor: Bruno Mattos e Silva
Editora: Atlas
Edição: 8ª Edição — 2012
Número de páginas: 464
Preço: R$ 90,00

Título: Direito Registral Imobiliário
Autor: Venício de Paula Salles
Editora: Saraiva
Edição: 3ª Edição — 2012
Número de páginas: 262
Preço: R$ 70,00

Título: Guia Prático do Corretor de Imóveis
Autor: Sylvio Lindenberg Filho
Editora: Atlas
Edição: 2011
Páginas: 182
Preço: R$ 53,00

Fonte: Por Robson Pereira - Revista Consultor Jurídico

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Esfera que caiu do céu no Maranhão deve ser resto de foguete francês; moradores estão assustados



Os cientistas brasileiros pretendem investigar um objeto metálico de aproximadamente 30 quilos e 1 metro de diâmetro que moradores relataram ter caído do céu na zona rural do município de Anapurus (MA), a 275 km de São Luis. A esfera metálica veio ao chão por volta das 6h da quarta-feira (22) e assustou os moradores do povoado Riacho dos Poços, a 15 km do centro da cidade.

A queda de objetos, provavelmente do foguete francês Ariane 4, já era prevista pela entidade americana Center For Orbital and Reentry Debris Studies. Segundo o site do órgão, a previsão era de que um objeto do foguete reentrasse na Terra às 7h22 do dia 22, com a diferença de três horas a mais ou a menos – ou seja, pouco mais de uma hora do relato dos moradores.

Segundo testemunhas, com a queda, o objeto atingiu um buritizeiro e um cajueiro, que tiveram galhos arrancados. Os moradores do povoado afirmaram que foram quatro “estrondos” causados com a queda da bola espacial, que abriu um buraco de cerca de um metro no chão próximo a casa de José Valdir Mendes, 46, proprietário do sítio que a esfera caiu.

De acordo com o professor da Universidade Federal de São Carlos, astrofísico Gustavo Rojas, apenas uma análise vai determinar exatamente o que é a peça que caiu no Maranhão. Porém, como um objeto similar do foguete Ariane 4 já caiu em Uganda, em 2002, é uma forte hipótese levada em conta pelo cientista.

“Uma identificação definitiva só pode ser feita após a análise do objeto. Contudo, é muito provável que seja o reservatório de Hélio do terceiro estágio de um foguete Ariane 4, lançado em 1997. Sua reentrada na atmosfera estava prevista para a manhã do dia 22, de acordo com o Center for Orbital and Reentry Debris Studies”, explicou.

Apesar de se tratar de lixo espacial, Rojas afirmou que pelas imagens que viu do objeto ele não contém material radioativo. “Porém, é importante salientar que é sempre prudente evitar tocar nesses objetos até que as autoridades locais sejam alertadas e a natureza do objeto identificada.”

Grande parte da população está assustada com a queda e teme que ocorra outra queda e aconteça um acidente com vítimas, mas Rojas orienta que a possibilidade de uma pessoa ser atingida por um lixo espacial “é muito menor que a de sofrer qualquer outro tipo de acidente cotidiano.”

“O medo é infundado. Estima-se que a chance de isso acontecer seja de 1 em 1 trilhão, enquanto por exemplo a de ser atingido por um raio é de 1 em 1 milhão. Em 50 anos de exploração espacial mais de 5 mil toneladas de lixo espacial voltaram ao solo, sem nenhum relato de vítimas.”

Relatos

Por conta do alvoroço causado pelo objeto, a Polícia Militar esteve no local, na tarde desta quinta-feira, em busca do objeto. Segundo os moradores, muitas pessoas ficaram com medo de ocorrer outra queda de lixo espacial.

“O barulho foi tão grande que os moradores do povoado acharam que era um avião que tinha caído”, afirmou Zacarias Santos, que reside em Chapadinha e foi ver de perto a bola metálica.

De acordo com relatos de moradores do povoado, a esfera caiu em cima de um cajueiro, atravessou o riacho dos Poços e ainda atingiu o tronco de um buritizeiro.

Apesar de a queda da esfera ter ocorrido na zona rural, onde existem poucas casas, os moradores das cidades próximas a Anapurus, como Chapadinha (a 29 km) e Mata Roma (a 7 km) estão assustados. O objeto atraiu centenas de pessoas que foram até o povoado Riacho dos Poços ver de perto o objeto que caiu do céu.

“Estamos todos assustados porque imagina se isso cai em cima de uma casa. A força da gravidade com o peso pode causar um acidente fatal”, disse Santos.

Segundo moradores que mexeram na esfera, o objeto é oco e possui fragmentos soltos dentro do globo. O objeto tem cerca de 1 metro de diâmetro, pesa cerca de 30k e tem em uma das partes uma espécie de válvula.

A delegacia de Anapurus informou à reportagem do UOL que não houve nenhuma abertura de BO (Boletim de Ocorrência) sobre o caso. Segundo o escrivão Raimundo Gonçalves, não vai investigar o caso. “Iríamos entrar no caso para investigar a origem da esfera se houvesse alguma pessoa atingida pela bola.”

O UOL entrou em contato com a assessoria de comunicação do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara) e foi informada de que não havia registro de nenhum evento similar ao ocorrido em Anapurus, apesar de moradores afirmarem terem contatado a base de Alcântara sobre da queda de um objeto espacial. A reportagem enviou e-mail para o diretor do CLA, Ricardo Rodrigues Rangel, para saber se o objeto será levado para o centro e se algum especialista vai analisá-lo, mas até a publicação deste texto não obtivemos resposta.

Fonte: http://noticias.uol.com.br

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dicionário de língua morta há 2 mil anos é completado após 90 anos de pesquisas



Dicionário, lançado pelo Instituto Oriental da Universidade de Chicago, tem 21 volumes

Após nove décadas de pesquisas, o dicionário de uma língua que deixou de ser falada há quase 2 mil anos foi finalmente completado, com o lançamento de seu último volume.

 O dicionário de assírio – ao lado do babilônico, um dos dois dialetos da língua acádia, falada na Mesopotâmia antiga – tem 21 volumes e é enciclopédico em alcance.

Volumes inteiros são dedicados a uma única letra, e a obra traz referências extensivas a fontes originais da língua.

“Este é um momento heroico e significativo na história”, declarou Irving Finkel, do departamento de Oriente Médio do Museu Britânico e que nos anos 1970 participou por três anos do projeto The Chicago Assyrian Dictionary.

O projeto, lançado pelo Instituto Oriental da Universidade de Chicago em 1921, envolveu quase uma centena de pesquisadores que catalogaram registros e referências num trabalho que gerou mais de dois milhões cartões de indexação de registros.

Para o professor Matthew W. Stolper, do Instituto Oriental, o trabalho de pesquisa para o dicionário era “muitas vezes tedioso”, mas ao mesmo tempo “fascinante e recompensador”.

“É como olhar por uma janela um momento de milhares de anos no passado”, disse ele.

Tábuas de argila e pedra


Para a editora do dicionário, Martha Roth, obra mostra mundo muito familiar.

O dicionário foi compilado por meio do estudo de textos escritos em tábuas de argila e pedra descobertas na área da antiga Mesopotâmia, entre os rios Tigre Eufrates, na região onde hoje está o Iraque e partes da Síria e da Turquia.

Os textos analisados, com assuntos que incluem documentos científicos, médicos e legais, cartas de amor, literatura e mensagens aos deuses, compreendem um período de 2.500 anos.

“É uma coisa milagrosa. Podemos agora ler as palavras de poetas, filósofos, mágicos e astrônomos como se eles estivessem nos escrevendo em inglês”, afirma Finkel.

“Quando começaram a escavar no Iraque em 1850, encontraram muitas inscrições no solo e em paredes dos palácios, mas ninguém podia entender uma palavra daquilo, porque a língua estava extinta”, observa.

Para a editora do dicionário, Martha Roth, o mais impressionante no estudo não foram as diferenças, mas as semelhanças entre aquela época e hoje.

“Em vez de encontrar um mundo estranho, encontramos um mundo muito familiar”, diz ela, sobre os textos de pessoas preocupadas com suas relações pessoais, com amor, emoções, poder e questões práticas como irrigação e uso da terra.

Avanço da civilização


Mesopotâmia é apontada como um dos 3 ou 4 lugares do mundo onde a escrita apareceu Gregos, romanos e egípcios são muito mais proeminentes tanto na consciência popular quanto nos currículos acadêmicos hoje em dia.

Mas no século 19, era a Mesopotâmia que fascinava os estudiosos – em parte porque os pesquisadores tentavam descobrir provas para algumas das histórias Bíblia, mas também por causa do avanço daquela civilização.

"Muito da história de como as pessoas deixaram de ser apenas humanos para ser civilizados aconteceu na Mesopotâmia", diz Stolper.

Vários grandes avanços teriam tido lá sua origem e a Mesopotâmia é apontada como um dos três ou quatro lugares no mundo onde a escrita apareceu.

Segundo Finkel, a escrita cuneiforme, usada tanto no dialeto assírio quanto no babilônico, foi usada pela primeira vez pela língua suméria e teria sido uma inspiração para os hieróglifos egípcios.

Obra em andamento

Apesar da grandiosidade do projeto, os pesquisadores envolvidos no dicionário fazem questão de enfatizar suas limitações.

Eles ainda desconhecem o significado de muitas palavras e dizem que a publicação permanecerá como uma obra em andamento conforme novas descobertas forem sendo feitas.

O dicionário inteiro foi colocado à venda por US$ 1.995 (cerca de R$ 3.175), mas também foi disponibilizado de graça em uma versão online.

Fonte: BBC Brasil - Cultura & Entretenimento


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Negócios Imobiliários – Construção segue mobilidade urbana



SÃO PAULO - Cidades como Osasco, Mauá e região do Vale do Paraíba, antes pouco explorada pelas grandes construtoras de empreendimentos comerciais e residenciais, agora começam a ganhar força como boa oportunidade de negócio. O motivo, segundo analistas de mercado, está na ampliação da infraestrutura nesses locais, com a perspectiva de ampliação da mobilidade urbana.

Foi de olho nesse crescimento exponencial que a Akamines Negócios Imobiliários, empresa cujo objeto é facilitar todo o trâmite burocrático na área imobiliária, apostou em uma dessas regiões como possibilidade de ampliar os negócios. "O Vale do Paraíba é uma região em expansão. Está geograficamente bem localizado e toma boa parte do eixo Rio-SP, com boa infraestrutura viária. E tem se tornando um polo industrial", afirma Daniele Akamine, diretora da empresa e advogada especializada no ramo imobiliário.

Outro destaque vai para a área que envolve a região de São José dos Campos, perímetro que tem apontado cada vez mais como uma das grandes opções de empreendimentos no Vale do Paraíba. É, inclusive, um dos exemplos apresentados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon). "Muitas famílias acabam se mudando para a região em busca de uma melhor qualidade de vida", complementa Daniele.

Ao acreditar no potencial e na demanda, a Akamine Negócios Imobiliários possui escritório em São Paulo, mas que também oferece o apoio do trâmite imobiliário para a cidade do interior paulista. "Enxergamos uma região em franca expansão e carente de profissionais com expertise no mercado imobiliário. Nosso objetivo é tornar o processo mais célebre, reduzindo o desgaste do cliente e gerando retorno mais rápido para a construtora", como conclui a diretora.

Outra empresa que viu nos arredores de São Paulo uma possibilidade importante de crescimento foi a construtora Bella Par. A empresa, que nasceu em Minas Gerais, informa ter chegado agora em São Paulo, justamente através de empreendimentos nas cidades de Mauá e São Caetano do Sul. "Encontrar espaço para crescer em São Paulo é um desafio e tanto. Encontramos no ABC uma forma de crescer de maneira eficaz e perto, sem encontrar os mesmos problemas da cidade de São Paulo", declarou Frederico Lucio Goés, presidente da Bella Par.

Na região de Mauá a empresa investiu em três torres residenciais, no centro da cidade, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 50 milhões. "Este foi apenas o primeiro empreendimento do grupo na região. A previsão é fechar mais dois complexos residenciais dessa forma, até 2013", disse. Em São Caetano, a atração da empresa ficou por conta da proximidade com o metrô. "Vimos uma movimentação muito grande de pessoas que trabalham em São Paulo e procuraram residência no ABC, a melhor opção, pela proximidade com o Metrô, é São Caetano", comentou o executivo.

Em Osasco, a chega do primeiro prédio comercial da Clavi Incorporações também obteve aceitação ampla do público. Com VGV de R$ 50 milhões e 216 unidades, o Clavi Campesina foi 100% vendido em um único final de semana. Vitório Paniccuci, sócio-diretor da Clavi Incorporações aponta que o sucesso da obra vem da junção do projeto adequado à realidade da cidade. "Considero a cidade de Osasco a região que tem demanda para este tipo de empreendimento e está se valorizando."

De acordo com o executivo, esse novo conceito de prédio, mais enfocado em sustentabilidade, é uma das tendências, principalmente, para prédios comerciais. "o sucesso das vendas está baseado em um projeto bem elaborado, que prioriza o bem-estar e o meio ambiente, oferecendo aos usuários algo além de um local de trabalho", comentou. O empreendimento comercial é certificado pelo selo Aqua (Alta Qualidade Ambiental). Esta é a política adotada pela incorporadora em seus projetos, já que tem como principal diferencial a preocupação com o meio ambiente.

Ações sustentáveis

Entre as ações sustentáveis estão seis elevadores inteligentes com antecipação de chamadas; bicicletário com vestiário, incentivando os usuários a irem trabalhar de bicicleta; fachada com vidros azuis e alumínio na cor natural, terraços em todas as unidades, infraestrutura completa para ar condicionado, cyber café no térreo, além de ter em cada pavimento um banheiro para portadores de necessidades especiais e ambiente específico para a classificação de resíduos.

Para o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Claudio Bernardes, o crescimento nessas regiões seguirá em ritmo acelerado este ano. "Falamos de regiões que cresceram a cima da média da cidade de São Paulo, muito pela falta de terrenos na capital, mas também pelas boas opções de negócios e clientes interessados que a região metropolitana apresenta", comentou.

Quem partilha dessa opinião é Milton Bigucci, da construtora MBigucci, que vê um cenário positivo este ano para o ABC. "Estamos otimistas com o crescimento da construção civil na região este ano. As cidades de Diadema, São Caetano e São Bernardo, tem apresentado crescimento a cima da média, e mostra-se, muitas vezes, um melhor negócio do que um realizado na capital".

Fonte: http://www.dci.com.br

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Embraer – A partir deste chapéu foram fabricadas milhares de aeronaves no Brasil


Em 23 de outubro de 1906, um jovem brasileiro encantou Paris ao voar em um monoplano de sua inteira concepção e construção. O jovem inventor era Alberto Santos Dumont e o característico chapéu-panamá que costumava usar, terminou por torná-lo figura inconfundível em todo o mundo. 

Inspirada por Santos Dumont, a Embraer é hoje uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, posição alcançada graças à busca permanente e determinada da plena satisfação de seus clientes. Com mais de 40 anos de existência, a empresa atua em todas as etapas de um processo complexo: projeto, desenvolvimento, fabricação, venda e suporte pós-venda de aeronaves para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva e de defesa. 

Já foram produzidos pela Embraer mais de 5 mil aviões, que operam em 92 países, nos cinco continentes, tornando-a líder no mercado de jatos comerciais com até 120 assentos, além da fabricação de alguns dos melhores jatos executivos em operação e da entrada em um novo patamar no setor de defesa.

EVOLUÇÃO

Em 19 de agosto de 1969 foi criada a Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica, companhia de capital misto e controle estatal. Com o apoio do Governo Brasileiro, a Empresa iria transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial. Além de iniciar a produção do Bandeirante, a Embraer foi contratada pelo Governo Brasileiro para fabricar o jato de treinamento avançado e ataque ao solo EMB 326 Xavante, sob licença da empresa italiana Aermacchi. Outros desenvolvimentos que marcaram o início das atividades da Embraer foram o planador de alto desempenho EMB 400 Urupema e a aeronave Agrícola EMB 200 Ipanema.

Ao final da década de 1970, o desenvolvimento de novos produtos – como o EMB 312 Tucano e o EMB 120 Brasilia, seguidos pelo programa AMX, em cooperação com as empresas Aeritalia (hoje Alenia) e Aermacchi – permitiu que a Empresa alçasse a um novo patamar tecnológico e industrial.

A entrada em operação da nova família de jatos comerciais EMBRAER 170/190 a partir de 2004, a confirmação da presença definitiva da Embraer no mercado de aviação Executiva com o lançamento de novos produtos, assim como a expansão de suas operações no mercado de serviços aeronáuticos, estabeleceram bases sólidas para o desenvolvimento futuro da Empresa. Com uma base global de clientes e importantes parceiros de renome internacional, há mais de 40 anos a Embraer contribui para integrar o mundo pela aviação, diminuindo distâncias entre povos e oferecendo o que existe de mais moderno em tecnologia, versatilidade e conforto em aeronaves.

NEGÓCIO E VALORES:

O negócio da Embraer é gerar valor para seus acionistas através da plena satisfação de seus clientes do mercado aeronáutico global. Por geração de valor entende-se a maximização do valor da Empresa e a garantia de sua perpetuidade, com integridade de comportamento e consciência social e ambiental. A Empresa se concentra em três áreas de negócio e mercados: Aviação Comercial, Aviação Executiva e Defesa.

Valores Empresariais

Os valores que modelam as atitudes e unem as ações para assegurar a perpetuidade da Empresa são:

- Nossa gente;
- Nossos clientes;
- Excelência empresarial;
- Ousadia e Inovação;
- Atuação global;
- Futuro sustentável;

Fonte: Embraer

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A cada 36 horas um homossexual é morto no Brasil



Em 2010, 260 gays, travestis e lésbicas foram assassinados no Brasil. De acordo com um relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada um dia e meio um homossexual brasileiro é morto. Nos últimos cinco anos, houve aumento de 113% no número de assassinatos de homossexuais. Apenas nos três primeiros meses de 2011 foram 65 assassinatos.

Entre as vítimas, 54% são gays, 42%, travestis e 4%, lésbicas. Para o antropólogo responsável pelo levantamento, Luiz Mott, as estatísticas são inferiores à realidade. “Esses 260 assassinatos documentados são um número subnotificado, porque não há no Brasil estatísticas oficiais de crimes de ódio. Para os homossexuais, a situação é extremamente preocupante.”

O estudo também aponta que o Brasil lidera o ranking mundial de assassinatos de homossexuais. Nos Estados Unidos, foram registrados 14 homicídios de travestis em 2010, enquanto no Brasil, foram 110 assassinatos. Além disso, o risco de um homossexual ser morto violentamente no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos.

De acordo com Mott, esse aumento é resultado do aumento da violência e da impunidade. “Há um crescimento da quantidade de assassinatos. Além disso, menos de 10% desses assassinos são presos e sentenciados. Atualmente, a visibilidade dos gays é maior, pois há muitos se assumindo e isso provoca o aumento da intolerância.”

Entre os estados brasileiros, a Bahia lidera, pelo segundo ano consecutivo, o ranking nacional. Foram 29 homicídios em 2010. Alagoas ocupa a segunda posição, com 24 mortes; seguido pelo Rio de Janeiro e São Paulo, com 23 assassinatos cada. De acordo com o relatório, Alagoas também é o estado que oferece maior risco para os homossexuais. Maceió é a capital onde mais gays são assassinados - com menos de 1 milhão de habitantes, a cidade registrou nove homicídios.

Segundo o estudo, o Nordeste é a região mais homofóbica do país. O Nordeste abriga 30% da população brasileira e registrou 43% dos homossexuais assassinados. Vinte e sete por cento dos assassinatos ocorreram no Sudeste, 9% no Sul, 10% no Centro-Oeste e 10% no Norte. O risco de um homossexual do Nordeste ser assassinado é aproximadamente 80% mais elevado que no Sul ou no Sudeste.

De acordo com Mott, essa situação pode ser revertida com educação sexual nas escolas, maior rigor da polícia e da Justiça, políticas afirmativas que garantam a cidadania plena de 10% da população e maior cuidado dos próprios gays, travestis e lésbicas.

O GGB vai denunciar o governo brasileiro à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) por crime de prevaricação e lesa humanidade contra os homossexuais.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Minas Gerais lidera o ranking de medalhas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas



Os estudantes da rede pública de Minas Gerais novamente se destacaram na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). No resultado da 7ª edição da Obmep, divulgado nesta segunda-feira (13), Minas Gerais conseguiu novamente a primeira colocação no ranking de medalhas e foi o estado de mais destaque na Olimpíada pela quinta edição seguida. Os estudantes mineiros conseguiram 111 medalhas de ouro, 248 de prata e outras 457 de bronze. No total, o Estado conseguiu 816 medalhas, ficando em primeiro tanto em número de medalhas de ouro quanto no número total de medalhas. Além das medalhas, Minas Gerais ganhou também 8.110 menções honrosas.

O número de medalhas mineiras na Olimpíada cresceu em relação a última edição. Em 2010 Minas havia conquistado 780 medalhas no total e no ano passado conseguiu 37 medalhas a mais. A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, fez questão de parabenizar os premiados.

-É extraordinário esse ‘pentacampeonato’. É importante parabenizar nossos medalhistas, seus professores e seus pais. Felicito as escolas, que criaram um ambiente adequado para o bom desempenho desses estudantes. Esse resultado confirma os bons indicadores da rede pública em Minas Gerais, destaca a secretária.

O estudante do 8º ano da Escola Estadual Comendador Murta, em Itinga, Ruan Alves Gonçalves, foi um dos premiados com a medalha de ouro e atribui seu sucesso ao seu esforço.

-É a primeira vez que ganho uma medalha. No ano passado tinha ganhado menção honrosa. Estudei bastante para a prova com a ajuda do banco de questões da Olimpíada. Na escola, os professores incentivaram a participação de todos os alunos, conta.

Destaque para a rede estadual

Do total de medalhas recebidas pelos estudantes das redes públicas de Minas Gerais, mais da metade delas faz parte do rol de conquistas dos alunos da rede estadual. Das 816 medalhas mineiras, 515 são de estudantes de escolas estaduais. São 62 de ouro, 148 de prata e outras 305 de bronze.

Bons professores

Em número de professores premiados Minas Gerais também se destaca. Entre os 131 docentes que conseguiram premiação na Obmep, 25 são de escolas da rede pública mineira. O cálculo para premiar um professor na Obmep leva em conta o número de alunos medalhistas ou com menções honrosas, sendo que o número de pontos varia de acordo com o tipo de medalha.

Com a experiência de quem já foi professora premiada desde a primeira edição da Obmep, Maria Botelho Alves Pena, é ótima com os números, mas já ensinou o segredo das exatas a tantos alunos que arrisca a perder as contas de quantos foram. Professora de Matemática dos 2º e 3º anos, Maria incentiva que os alunos busquem o conhecimento tanto dentro, quanto fora de sala.

-Na escola, os alunos são estimulados a trabalhar com resolução de problemas. Eu os coloco para pesquisarem na internet o banco de questões da Obmep, além de outras questões de Matemática.

Os alunos também participam do Clube de Resolução de Problemas, que acontece em um sexto horário criado pela escola.

-Ex-alunos da escola também são convidados a apresentarem seus depoimentos para os alunos como forma de motivá-los, conta Maria.

O bom desempenho como professora na Obmep rendeu prêmios tanto do governo federal, que organiza a Olimpíada, quanto do Governo de Minas, que faz premiação própria para alunos e professores que se destaca. O melhor prêmio segundo a professora, contudo, é o aprendizado dos alunos.

-O trabalho não é focado só na Olimpíada. O bom resultado na Obmep é só uma conseqüência de um trabalho mais abrangente, focado no desempenho dos alunos, explica a professora.

Inscrições Obmep 2012

Estão abertas até o dia 30 de março as inscrições da primeira fase da 8º edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Publicas. As inscrições deverão ser feitas pelas escolas, mediante o preenchimento da ficha de inscrição disponível no site da competição.(www.obmep.org.br). Na primeira fase, a escola deverá indicar na ficha, apenas, o número total de alunos inscritos em cada nível.

Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep)

A Obmep é uma competição do conhecimento que chega praticamente a todos os municípios brasileiros. Na 7ª e última edição, realizada em 2011, a Olimpíada registrou a participação de 98,9% dos municípios brasileiros, em um total de mais de 44,6 mil escolas e 18,7 milhões de estudantes.

A Obmep é dirigida aos alunos de 6º ao 9º ano do ensino fundamental e aos alunos do ensino médio das escolas públicas municipais, estaduais e federais, que concorrem a prêmios de acordo com a sua classificação nas provas.

Além das medalhas, os alunos que conquistaram medalha de ouro, prata e bronze na 7º edição da Obmep irão participar do Programa de Iniciação Científica Jr (PIC), a iniciativa tem duração de um ano e as atividades do programa envolvem tanto encontros presenciais quanto a participação em um Fórum Virtual que possibilita o contato, via internet, com estudantes de todo o país que se interessam por Matemática. Os medalhistas que acompanham todas as etapas do PIC recebem a Bolsa de Iniciação Cientifica Jr., concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A competição tem entre seus objetivos, estimular e promover o estudo da Matemática entre os alunos das escolas públicas. Além de contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica. A Obmep é promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Fonte: http://www.onorte.net