SÃO PAULO - Cidades como Osasco, Mauá e região do Vale do
Paraíba, antes pouco explorada pelas grandes construtoras de empreendimentos
comerciais e residenciais, agora começam a ganhar força como boa oportunidade
de negócio. O motivo, segundo analistas de mercado, está na ampliação da
infraestrutura nesses locais, com a perspectiva de ampliação da mobilidade
urbana.
Foi de olho nesse crescimento exponencial que a Akamines
Negócios Imobiliários, empresa cujo objeto é facilitar todo o trâmite
burocrático na área imobiliária, apostou em uma dessas regiões como
possibilidade de ampliar os negócios. "O Vale do Paraíba é uma região em
expansão. Está geograficamente bem localizado e toma boa parte do eixo Rio-SP,
com boa infraestrutura viária. E tem se tornando um polo industrial", afirma Daniele Akamine, diretora
da empresa e advogada especializada no ramo imobiliário.
Outro destaque vai para a área que envolve a região de
São José dos Campos, perímetro que tem apontado cada vez mais como uma das
grandes opções de empreendimentos no Vale do Paraíba. É, inclusive, um dos
exemplos apresentados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado
de São Paulo (Sinduscon). "Muitas famílias acabam se mudando para a região
em busca de uma melhor qualidade de vida", complementa Daniele.
Ao acreditar no potencial e na demanda, a Akamine
Negócios Imobiliários possui escritório em São Paulo, mas que também oferece o
apoio do trâmite imobiliário para a cidade do interior paulista.
"Enxergamos uma região em franca expansão e carente de profissionais com
expertise no mercado imobiliário. Nosso objetivo é tornar o processo mais
célebre, reduzindo o desgaste do cliente e gerando retorno mais rápido para a
construtora", como conclui a diretora.
Outra empresa que viu nos arredores de São Paulo uma
possibilidade importante de crescimento foi a construtora Bella Par. A empresa,
que nasceu em Minas Gerais, informa ter chegado agora em São Paulo, justamente
através de empreendimentos nas cidades de Mauá e São Caetano do Sul.
"Encontrar espaço para crescer em São Paulo é um desafio e tanto.
Encontramos no ABC uma forma de crescer de maneira eficaz e perto, sem
encontrar os mesmos problemas da cidade de São Paulo", declarou Frederico
Lucio Goés, presidente da Bella Par.
Na região de Mauá a empresa investiu em três torres
residenciais, no centro da cidade, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 50
milhões. "Este foi apenas o primeiro empreendimento do grupo na região. A
previsão é fechar mais dois complexos residenciais dessa forma, até 2013",
disse. Em São Caetano, a atração da empresa ficou por conta da proximidade com
o metrô. "Vimos uma movimentação muito grande de pessoas que trabalham em
São Paulo e procuraram residência no ABC, a melhor opção, pela proximidade com
o Metrô, é São Caetano", comentou o executivo.
Em Osasco, a chega do primeiro prédio comercial da Clavi
Incorporações também obteve aceitação ampla do público. Com VGV de R$ 50
milhões e 216 unidades, o Clavi Campesina foi 100% vendido em um único final de
semana. Vitório Paniccuci, sócio-diretor da Clavi Incorporações aponta que o
sucesso da obra vem da junção do projeto adequado à realidade da cidade.
"Considero a cidade de Osasco a região que tem demanda para este tipo de
empreendimento e está se valorizando."
De acordo com o executivo, esse novo conceito de prédio,
mais enfocado em sustentabilidade,
é uma das tendências, principalmente, para prédios comerciais. "o sucesso
das vendas está baseado em um projeto bem elaborado, que prioriza o bem-estar e
o meio ambiente, oferecendo aos usuários algo além de um local de
trabalho", comentou. O empreendimento comercial é certificado pelo selo
Aqua (Alta Qualidade Ambiental). Esta é a política adotada pela incorporadora
em seus projetos, já que tem como principal diferencial a preocupação com o
meio ambiente.
Ações sustentáveis
Entre as ações sustentáveis estão seis elevadores
inteligentes com antecipação de chamadas; bicicletário com vestiário,
incentivando os usuários a irem trabalhar de bicicleta; fachada com vidros
azuis e alumínio na cor natural, terraços em todas as unidades, infraestrutura
completa para ar condicionado, cyber café no térreo, além de ter em cada
pavimento um banheiro para portadores de necessidades especiais e ambiente
específico para a classificação de resíduos.
Para o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP),
Claudio Bernardes, o crescimento nessas regiões seguirá em ritmo acelerado este
ano. "Falamos de regiões que cresceram a cima da média da cidade de São
Paulo, muito pela falta de terrenos na capital, mas também pelas boas opções de
negócios e clientes interessados que a região metropolitana apresenta",
comentou.
Quem partilha dessa opinião é Milton Bigucci, da
construtora MBigucci, que vê um cenário positivo este ano para o ABC.
"Estamos otimistas com o crescimento da construção civil na região este
ano. As cidades de Diadema, São Caetano e São Bernardo, tem apresentado
crescimento a cima da média, e mostra-se, muitas vezes, um melhor negócio do
que um realizado na capital".
Fonte: http://www.dci.com.br
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