A ministra e corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, prometeu uma rigorosa investigação ainda este ano acerca das acusações de corrupção que envolveriam os três poderes de Mato Grosso do Sul.
A declaração foi dada durante uma reunião entre a ministra e uma Comissão Especial da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil), promovida no início da noite desta quarta-feira, em Brasília.
Calmon afirmou que será realizada uma severa inspeção no TJ-MS, audiências públicas sobre a investigação e a participação da sociedade civil. A magistrada tem fama de durona, tanto que em recente declaração disse que “é comum a troca de favores entre magistrados e políticos" (ver a entrevista logo abaixo)
Membros da comissão, encabeçada pelo presidente da Seccional de Mato Grosso do Sul, Leonardo Avelino Duarte, consideraram positivas as declarações da corregedora.
A comissão da OAB-MS se reuniu antes com o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, a própria corregedora Eliana Calmon e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados, Ophir Cavalcante.
A comissão que integra o Fórum MS pela Ética, foi para Brasília com a intenção de cobrar a apuração das suspeitas de corrupção deflagradas por meio de um vídeo que circulou no youtube, durante o período eleitoral.
O deputado Ary Rigo, do PSDB, sem saber que era gravado com equipamentos da Polícia Federal, disse que parte do dinheiro da Assembleia Legislativa era repartida entre o governador reeleito André Puccinelli, do PMDB, desembargadores do TJ e o ex-chefe do Ministério Público Estadual, Miguel Vieira. Troca de favores seria o motivo do rateio.
Puccinelli, segundo Rigo, receberia uma cota mensal de R$ 2 milhões. O reeleito nega.
Sociedade já não tolera
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, disse que deixou o gabinete de Roberto Gurgel, o procurador geral da República, com a convicção de que "a sociedade de Mato Grosso do Sul dentro em breve terá uma resposta, que certamente será no sentido de cumprir a Lei e a Constituição, independentemente dos envolvidos".
Para Ophir, "a sociedade brasileira já não tolera mais a protelação em decisões importantes sobre seus destinos e naquilo que ela mais procura zelar, que são a moralidade pública e a integridade das instituições".
Fonte: http://www.midiamax.com
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