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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Petrobras captará US$ 60 bilhões nos próximos cinco anos


RIO - A Petrobras terá que captar US$ 60 bilhões nos próximos cinco anos. O valor foi confirmado hoje pelo presidente da companhia, José Sergio Gabrielli.

Ele revelou ainda que a relação entre o capital próprio e a dívida líquida caiu de 34% ao final do segundo trimestre para 16% depois da capitalização, graças ao aumento do capital próprio da companhia. Questionado sobre detalhes da primeira captação, Gabrielli disse que no primeiro trimestre do ano que vem os dados já estarão disponíveis.

"Com isso, tiramos do horizonte dos próximos cinco anos a dificuldade potencial para o financiamento da companhia", disse, lembrando que o patamar de 35% na relação entre capital próprio e dívida poderia ameaçar o grau de investimento obtido pela companhia.

De acordo com o executivo, o valor a ser financiado via endividamento "não é um grande desafio para a Petrobras". Pelas estimativas da empresa, com o preço do barril de petróleo na média de US$ 80, serão gerados US$ 155 bilhões de caixa para a companhia até 2014.

Gabrielli fez questão de frisar que a capitalização foi uma necessidade para garantir o plano de investimentos de US$ 224 bilhões até 2014 e ressaltou que os campos da cessão onerosa - que foi paga com parte dos recursos obtidos na capitalização - vão representar relativamente pouco desse investimento.

Segundo o presidente da estatal, apenas US$ 10 bilhões serão alocados para explorar nos próximos cinco anos os campos que deverão garantir à empresa até 5 bilhões de barris de óleo equivalente. No total serão instalados três testes de longa duração nesses prospectos até 2014.

O executivo fez questão de defender a capitalização e considerou que a companhia não podia "deixar passar a oportunidade de explorar e produzir 5 bilhões de barris".

Pelo plano de negócios da Petrobras, a produção da companhia vai atingir 3,9 milhões de barris diários em 2020 e, para manter a atual proporção entre produção e reservas provadas em 15 anos - que é o tempo que demoraria para as reservas acabarem se mantido o ritmo de produção -, será necessário adquirir 25 bilhões de barris de reservas até 2020.

Para Gabrielli, as atuais oportunidades de concessões no pré-sal que ainda não têm a comercialidade declarada, somada aos barris da cessão onerosa, podem significar um nível de reservas entre 30 bilhões e 35 bilhões de barris até 2014.

A maior parte dos investimentos da Petrobras em exploração vai ficar fora das áreas da cessão onerosa. Os campos da bacia de Santos sob regime de concessão vão receber 13 testes de longa duração até 2014.

Rebatendo analistas e relatórios, Gabrielli fez questão de dizer que o pré-sal é conhecido e já está em produção desde maio do ano passado, com o teste de longa duração de Tupi.

Fonte: http://oglobo.globo.com

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