A Justiça Federal do Ceará aceitou pedido de liminar do Ministério Público Federal do estado nesta segunda-feira, 8, que pede a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. A juíza da 7ª Vara Federal, Carla de Almeida Miranda Maia, aceitou a argumentação de ação civil pública do MPF, que afirma que erros no exame causaram prejuízo para os candidatos.
A decisão da Justiça cita erros de impressão no cartão de respostas e nas provas amarelas, além de erros na aplicação da prova, como o caso de um repórter que entrou com um celular na sala de provas. A decisão tem efeito em todo o Brasil. Ainda há a possibilidade de recurso.
A edição do Enem 2010 foi marcada por confusão e atrasos em todo o país. A folha de respostas do caderno amarelo do primeiro dia do Enem teve o cabeçalho invertido. Em Teresópolis, os problemas com o Enem também atrapalharam o final de semana dos estudantes. Muitos não tiveram dificuldade para realizar o teste em função de erros na diagramação do exame.
A prova apresentava as questões divididas entre ciências da natureza e de ciências humanas. O caderno de respostas tinha a mesma divisão de área, mas com ordem trocada. A orientação do MEC era de que os alunos preenchessem o gabarito de acordo com a ordem numérica. Houve desencontro de informações e, em alguns locais de prova, os candidatos foram orientados a preencher o gabarito invertendo a ordem das respostas - o que é incorreto, uma vez que a ordem numérica das respostas não havia sido alterada.
A estudante Fernanda Silva, que está no 1° ano e quis fazer o teste para começar a se familiarizar com o exame, explicou o que aconteceu no local onde ela fez a prova: “Eles trocaram o cabeçalho, ao invés das questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias estarem dispostas na prova entre os números 1 e 45, e no cartão resposta elas estavam entre 45 e 90. Os fiscais foram na sala, e informaram para a gente o que estava errado e logo depois, eles falaram que era para esperar para responder as questões. O problema é que muitas pessoas já tinham respondido. Com toda essa confusão, nós acabamos respondendo na ordem correta, sem inverter nada”. Ainda de acordo com Fernanda, essa confusão atrapalhou muito o rendimento de quem depende do exame para entrar em uma universidade. Os estudantes não tiveram mais tempo para realizar a prova, mesmo depois de todas as manifestações.
Para Natália Rodrigues, que fez a prova no Unifeso, reclamou dos muitos erros de português que a prova tinha. “O primeiro dia foi bem cansativo, além de ter tido a confusão das provas trocadas, o pessoal ficou um pouco agitado, pois a gente não pode marcar o cartão resposta. A organização do Enem ficou de fazer uma ligação dizendo o que a gente deveria fazer e essa ligação só foi recebida às 15h. Teve gente que passou mal, muita gente falando ao mesmo tempo, o que atrasou um pouco o início da prova. Além disso, a prova amarela tinha muitos erros de português”, lembrou a estudante do 3° ano.
Fonte: http://odiariodeteresopolis.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário