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domingo, 7 de novembro de 2010

Inep registra 27% de abstenção no primeiro dia do Enem


No primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a abstenção registrada foi de 27%

A estimativa feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) aponta que 3,5 milhões dos 4,6 milhões de inscritos compareceram aos locais de prova. Ainda não há detalhes sobre os estados ou regiões em que houve um maior número de estudantes que não fizeram o exame.

Prova exigente

A prova aplicada no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) surpreendeu a maioria dos candidatos por exigir mais conteúdo do que previam. Quem já havia feito o teste nas edições anteriores esperava uma prova mais interpretativa e encontrou questões que demandavam conhecimento prévio.

Arthur Pendragon de Simone, de 20 anos, já havia feito a prova em 2009. Conta que obteve boa nota, mas adiou os planos de ingressar na faculdade para resolver questões pessoais. Para ele, o modelo anterior, menos específico, era melhor. “Acho que se preocuparam tanto com segurança este ano que a prova em si não ficou boa. Dessa vez, focaram em alguns conteúdos e vai de você ter estudado isso ou não, antes era mais a capacidade de pensar”, disse.

Ana Maria Carvalho, de 32 anos, ingressou na faculdade com a nota do Enem do ano passado. Neste sábado, ela enfrentou a chuva e o trânsito para fazer a prova de novo, na esperança de melhorar a nota e conseguir ser incluída no Fies, o financiamento estudantil do governo que adota o resultado como um dos critérios para aprovação. “Espero ter ido bem, mas em geral achei que estava mais difícil, a parte de química foi mais complicada”, comenta.

Três amigas da mesma sala da escola estadual Salvador Rocco, na Vila Carrão, zona leste de São Paulo, se consolavam do lado de fora. “Não tinha como a gente ir bem”, explica Angélica Piacente, de 17 anos. “Quase tudo que caiu de geografia e biologia era total novidade para a nossa turma”, acrescenta Beatriz Vanoni, de 18 anos. “História também, muita coisa ali eu não sabia que tinha acontecido. Aprendi na prova”, conclui a Evelyn Doria, 18.

Treineiros levam a sério

De muletas por ter rompido um ligamento e estirado outros três há uma semana, André Perez de Freitas, subiu e desceu a escadaria da Uninove, onde foi escalado para fazer o Enem. Mas ele não vai ser aprovado em faculdade em 2010. Aos 16 anos, ainda está no 2º ano do Ensino Médio e fez a prova apenas para testar seus conhecimentos e saber o que o espera no próximo ano. “Achei importante vir, com certeza vai me ajudar a ficar menos ansioso quando for para valer”, comentou.

Beatriz Gamberini Cernic, que também tem mais um ano de ensino médio pela frente gostou de conhecer o exame. “Foi minha primeira prova deste tipo. Vão ser muitas daqui para a frente e os testes ajudam a estudar.”

Atrasos e erro de impressão

Um erro na impressão do gabarito causou confusão em vários locais quando os candidatos iam começar a marcar as alternativas escolhidas na folha que entregam para correção. Os cabeçalhos “ciências da natureza” e “ciências humanas” estavam trocados no cartão de respostas.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) reconheceu o erro, mas garante que a falha não prejudicará a correção. A conferência será pelo número da questão.

Também houve muita reclamação em relação aos locais de prova. Pessoas que se atrasaram por um minuto em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília culparam o endereço da prova longe da casa.

No domingo, segundo dia da prova, as questões serão de “Linguagem, Códigos e suas Tecnologias”, “Matemática e suas Tecnologias” e a temida “Redação”.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br

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