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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Embrapa transfere tecnologia


Levar à África tecnologias e conhecimentos resultantes das atividades de pesquisa e desenvolvimento para expandir a atividade agrícola para o Cerrado brasileiro. Esse é o papel do escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sediado em Acra, capital de Gana.

De acordo com o pesquisador Cláudio Bragantini, a Embrapa tem procurado atender às demandas dos países africanos para aumentar a produção agrícola com tecnologias desenvolvidas pela empresa no Brasil há cerca de 20 anos — não mais protegidas por patentes, já em domínio público.

“O atraso tecnológico no continente africano é tal que as variedades produzidas na década de 80 são mais produtivas do que as disponíveis nos dias de hoje. A preocupação social que move a política externa brasileira de aproximação com a África também tem uma questão estratégica: abrir mercado à iniciativa privada”, conta Bragantini, pesquisador da Embrapa.

Ele explica que a empresa abriu um escritório em Gana porque a área internacional estava sendo cada vez mais requisitada pelos países africanos, em virtude da política externa brasileira de aproximação com a África. “Criamos o escritório para melhor oferecer nossas tecnologias, facilitar a transferência. O Brasil tem tecnologias preparadas e adaptadas para usar em Gana, mas irá atuar apenas como agente facilitador dos projetos”.

Segundo Bragantini, a maioria dos países africanos não tem instituições de pesquisa organizadas e precisam de investimento. Também há pouca gente treinada. “Angola, por exemplo, tem a preocupação de reverter os recursos do petróleo para o setor agrícola e está investindo recurso próprio para desenvolver um instituto semelhante ao que é a Embrapa no Brasil. Vamos oferecer a tecnologia, mas cabe às instituições, empresas e governos locais buscar os mecanismos para viabilizar a implantação”. Na Angola, por exemplo, já há empreiteiras brasileiras com projetos de construção em andamento, principalmente obras relativas à infraestrutura.

Ele informa que no oeste da África, há interesse por tecnologias relacionadas à produção e processamento de soja.

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