Saber

O saber é humano, a sabedoria é divina...

sábado, 17 de julho de 2010

Lei de sacolas de plástico começa a valer no Rio de Janeiro


As sacolinhas não estão proibidas, mas os estabelecimentos terão que oferecer alternativas aos clientes. Em São Paulo, o projeto foi vetado pelo prefeito Kassab.

Começou a valer nesta sexta no Rio de Janeiro uma lei que pretende mudar o comportamento de consumidores e comerciantes. E ajudar a preservar o meio ambiente.

Cada vez que vai ao supermercado, o consumidor acaba levando mais do que as compras. “Boto lixo, amarro garrafa”. “Pra guardar roupa, pra botar lixo”.

As sacolinhas têm mesmo utilidade, mas elas poluem. Feitas de plástico, podem demorar até cem anos para sumir na natureza e são cerca de 500 bilhões de embalagens desse tipo por ano no mundo. O desafio é substituí-las. “Mas aí como é que seria?”.

Na Inglaterra, cada vez que o cliente leva sua própria bolsa ao supermercado, acumula pontos que podem ser trocados por descontos ou ingressos para shows. O uso caiu pela metade.

Em Nova York, uma lei de 2008 exige que grandes comércios reciclem as sacolas plásticas, que devem ter uma mensagem pedindo a devolução para a loja participante.

No Brasil, a cidade de Americana, no interior de São Paulo, decidiu, no início do mês, proibir a distribuição de sacolinhas plásticas. O comércio da cidade vai ter um ano para se adaptar à nova regra.

“Quando eu era criança tinha sacola de papelão, embalagem de papel no supermercado e dava pra viver, é uma questão de readaptação”, acredita a professora Marisa Dainese.

Já na capital paulista, o projeto de lei que determinava a substituição de embalagens plásticas por sacolas reutilizáveis foi vetado pelo prefeito Gilberto Kassab.

No estado do Rio, entrou nesta sexta em vigor uma lei que pretende reduzir o consumo. Fiscais ainda estão orientando os comerciantes.

As sacolinhas não estão proibidas, mas os estabelecimentos terão que oferecer três alternativas aos clientes.

Cinquenta sacolas devolvidas poderão ser trocadas por um quilo de arroz ou feijão ou produto da cesta básica, o comerciante poderá fornecer sacolas retornáveis, ou ainda: quem não usar sacola plástica terá desconto de três centavos a cada cinco itens comprados.

Quando soube, o consultor de bares Vitor Martins resolveu levar tudo em caixas de papelão. “Ofereceram desconto, porque a sacola prejudica o meio ambiente”.

Alguns supermercados estão oferecendo mais do que determina a lei. Num, por exemplo, cliente que dispensa as sacolinhas não pega fila no caixa.

É o que faz a professora Vera Lúcia Albuquerque. Ela comprou uma sacola de pano pra não usar mais as de plástico. “Pensando em mim, nos outros e na humanidade”.

A Federação do Comércio do Rio entrou com pedido na Justiça para suspender a lei das sacolas plásticas. A entidade afirma que não houve tempo suficiente para se providenciar sacolas reutilizáveis. A lei entrou em vigor um ano depois de ter sido sancionada.

Fonte: http://g1.globo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário