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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Portugal Telecom vende Vivo para Telefónica e entra na Oi


RIO - Uma aliança com a Oi foi o caminho encontrado pela Portugal Telecom para vender sua parte na Vivo sem, entretanto, tirar o pé do mercado brasileiro de telecomunicações. A portuguesa vai deter uma participação final, direta e indireta, de 22,4% no grupo Oi, em um negócio que vai totalizar R$ 8,44 bilhões no máximo.

Após dois meses de negociações, a Telefónica fechou acordo com a Portugal Telecom, com aprovação do governo português, para adquirir 50% da Brasilcel, controladora da Vivo, por 7,5 bilhões de euros.

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O ministro das Comunicações, José Artur Filardi, disse que vê como "positiva" a operação de troca de ações anunciada pela Oi e Portugal Telecom .

Investidores no Brasil, porém, não receberam bem o negócio. Como serão feitos aumentos de capital da Oi, eles precisarão aumentar o aporte na companhia para não ver diluídas suas participações na empresa.

Os papéis PN da Vivo lideravam os ganhos do Ibovespa, com valorização de 4,70%, a R$ 48,50, seguidos pelas ações Telesp PN (2,34%, a R$ 37,97). Fora do índice, as ações ON da Vivo disparavam 10,82%, a R$ 108,05. Já as maiores baixas do Ibovespa partiam de Telemar Norte Leste PNA (-5,31%, a R$ 49,71), Telemar PN (-0,38%, a R$ 28,34) e Telemar ON (-10,85%, a R$ 37,35).

Total da operação da Vivo pode chegar a 8,3 bilhões de euros

No caso da Vivo, o montante de 7,5 bilhões de euros que os espanhóis pagarão pela fatia dos portugueses - 1 bilhão de euros acima da proposta que a Telefónica havia oferecido em maio - será pago em três parcelas, até outubro de 2011.

A primeira delas, de 4,5 bilhões de euros, será paga no fechamento da operação previsto para acontecer dentro de 60 dias. No dia 31 de outubro, a operadora pagará mais 1 bilhão. Uma parcela final de 2 bilhões de euros será efetivada em 31 de outubro de 2011.

O grupo espanhol também estima gastar mais 800 milhões de euros na oferta obrigatória (tag along) pelas ações ordinárias da Vivo que não fazem parte do bloco de controle, e que representam 3,8% do capital social da operadora brasileira. Com isso, o valor total da operação dever chegar a 8,3 bilhões de euros.

A venda da fatia da Portugal Telecom (PT) na Vivo para a Telefónica não deve modificar os planos de investimento da operadora brasileira de telefonia móvel . Dos R$ 2,490 bilhões em investimentos previstos pela Vivo para 2010, apenas R$ 817,9 milhões foram realizados no primeiro semestre.

O objetivo da Telefónica é fazer uma fusão entre a Vivo e a Telesp, a operadora de telefonia fixa do grupo. A união, no entanto, não será realizada em um primeiro momento e por enquanto as duas empresas vão continuar trabalhando de forma independente.

Acordo já não tem compromisso de melhorias para acionistas

Segundo comunicado divulgado pela Telefónica, a oferta está fechada, de maneira que já não existe compromisso algum em relação às melhoras adicionais que contemplava a última proposta, a qual obteve o voto favorável da maioria dos acionistas da Portugal Telecom assembleia de acionistas realizada no último dia 30 de junho, em Lisboa. Ou seja, a distribuição de mais dividendos e um chamamento de ações da companhia portuguesa estão descartados.

"Estamos muito satisfeitos de haver alcançado este acordo com a Portugal Telecom, que beneficia os acionistas das duas companhias", afirma o presidente da Telefónica, Cesar Alierta, na nota. "Trata-se de uma oportunidade única de criação de valor. A Vivo é líder do mercado de telefonia móvel no Brasil, país no qual a Telefónica mantém uma aposta decidida de futuro."

A Telefónica também fez uma menção indireta à união de suas operações fixas e móveis no Brasil, dizendo que a combinação da Telesp e da Vivo será a maior operadora integrada do país, com 69 milhões de clientes (dados de março).

A operadora ressaltou que o fechamento da compra das ações da Portugal Telecom na Vivo ainda depende da aprovação das autoridades reguladoras brasileiras.

Fonte: http://oglobo.globo.com

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