Edição do dia 15/04/2009
No Japão, existem os Oshiyás, empurradores de passageiros. Mas, ao contrário do que acontece aqui, eles são exemplo de que é possível lidar com o público em trem lotado com educação.
Na internet, não faltam imagens deles. Trabalhando nas estações de Tóquio nos horários de pico. São os Oshiyás, os empurradores, funcionários do metrô que organizam a entrada dos passageiros nos trens.
A profissão existe desde 1955, na década de 70 passaram a ter mais trabalho quando a rede pública não conseguia dar conta da quantidade de passageiros que usavam o sistema, no auge do boom econômico japonês.
Com suas luvas brancas os Oshiyás têm uma missão: assegurar que os trens não saiam com atraso, ainda que para isso precisem dar uma ajudinha.
Desde 1980, empresas publicas e privadas atuam no sistema de metrô e trens de Tóquio, considerado o mais eficiente do mundo, mas também um dos mais lotados. Mais de seis milhões de pessoas utilizam o metrô em Tóquio todos os dias.
A saída encontrada encontradas foi aumentar o número de trens, investir na construção de novas linhas e diminuir os horários entre um e outro. As empresas japonesas também mudaram o horário de entrada e saída dos funcionários para evitar aglomerações nas estações.
Só do metro são 14 linhas, com quase 300 quilômetros , quase cinco vezes mais extensa que a malha do metro de São Paulo.
Nesta quarta-feira, por acaso, houve um incidente que provocou atrasos em várias linhas do metrô de Tóquio. Na saída do trens os passageiros receberam um papelzinho. Uma justificativa para apresentar ao chefe, que provavelmente também chegou depois do horário, porque veio de metrô. Um sistema tão confiável que é usado até por executivos de grandes empresas japonesas.
Fonte: http://g1.globo.com
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