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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pesquisa mostra que 92% das indústrias pretendem investir em 2011


SÃO PAULO - O fim da crise financeira mundial e o aumento da demanda impulsionaram os investimentos da indústria em 2010. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada com 454 empresas de todos os portes, mostrou que 89,6% realizaram aportes neste ano, sendo que 38,2% foram voltados para novos projetos.

Entre as companhias consultadas, 61,4% afirmaram que desenvolveram seus planos de aportes conforme o planejado. O percentual supera o resultado apurado no ano passado (46,3%), quando as incertezas eram maiores por conta dos efeitos negativos da crise global. Desta forma, o investimento médio industrial totalizou R$ 6,3 milhões em 2010. Trata-se de um crescimento de 80% na comparação com 2009.

As perspectivas também são positivas para 2011, já que 92% das empresas entrevistadas pretendem realizar investimentos. Dentre estas companhias, 45,3% vão focar os recursos em novos projetos. Para o ano que vem, a CNI trabalha com a hipótese de que o investimento médio continuará elevado e vai somar R$ 6,7 milhões, o que representará um avanço de 7% em relação ao volume estimado em 2010.

O gerente executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, chama atenção para o fato de que os investimentos estão cada vez mais voltados para o mercado interno. Como exemplo, ressaltou que 77,8% das empresas afirmaram que seus aportes terão como principal ou exclusivo objetivo a produção doméstica.

Ainda segundo a pesquisa, 90,1% das companhias informaram que vão comprar máquinas e equipamentos no próximo ano. Castelo Branco ressaltou que as empresas com capacidade insuficiente (23,4%) para atender a demanda esperada em 2011 são as mais propensas a aumentar as compras destes produtos. Isso porque 79,1% delas informaram que pretendem ampliar a aquisição de maquinários.

O percentual se reduz para 30% quando consideradas as companhias cuja capacidade instalada é superior à demanda. Parte expressiva das compras de máquinas e equipamentos projetadas para 2011 será de produtos importados (67,6%).

"Não temos a base do ano passado para comparar. Mas o número indica um maior uso dos importados. É uma tendência que causa preocupação, já que mostra uma perda de representatividade da indústria na geração de riqueza do país", avaliou Castelo Branco.

A pesquisa da CNI ainda captou os principais temores dos empresários para promover os investimentos. A maior preocupação com relação ao próximo ano se refere à incerteza econômica, sobretudo por causa da instabilidade nos mercados desenvolvidos. Esse fator foi assinalado por 59,1% das empresas.

Na segunda posição está a reavaliação de demanda (48,2%), seguida por custo do crédito (36,9%). Ainda entre os riscos, o gerente executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, observou que o crescimento econômico do país nos últimos anos já provoca uma falta de mão de obra qualificada, sobretudo na construção civil.

"É uma dificuldade que, por enquanto, não bloqueia o desenvolvimento. Mas temos que ficar atentos", disse Fonseca, acrescentando que a redução do problema passa pelo aumento na qualidade da educação.

Fonte: http://oglobo.globo.com

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