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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Nasce novo polo automobilístico do Brasil em Pernambuco


Nasceu ontem o mais novo polo automobilístico do Brasil. A largada foi dada com o lançamento da pedra fundamental da fábrica da Fiat, numa cerimônia em Suape que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua 40ª e última visita administrativa a Pernambuco. Um estado que já fabrica navios, vai refinar petróleo e fornecer fios de poliéster para a indústria têxtil, irá também produzir carros a partir de 2014.

O investimento, de R$ 3 bilhões, consolida o processo de reindustrialização por que passa Pernambuco ao trazer a reboque uma nova cadeia produtiva com cerca de 50 fornecedores, os chamados sistemistas, para a região de Suape e seu entorno. Nos anos 1970, pensando em descentralizar os investimentos, a Fiat foi a primeira montadora no país a se instalar fora da região do ABC Paulista. Fincou suas bases em Betim (MG), onde atua desde 1976.

Agora repete o feito. Escolhe Pernambuco para implantar sua segunda unidade. Não por acaso. O investimento se justifica pelas excelentes condições logísticas do Porto de Suape e também pelo crescimento do apetitoso mercado Nordeste. A Fiat resolveu vir para o Nordeste não porque o Lula é pernambucano ou porque o Eduardo Campos tem os olhos azuis. Ela veio para cá porque, inteligente do jeito que é, a direção da Fiat tem estudos sobre o desenvolvimento do Nordeste brasileiro, discursou Lula, lembrando que, antes, a região era destaque apenas nas estatísticas de analfabetismo, desnutrição e mortalidade infantil e agora contabiliza inúmeros avanços socioeconômicos. 

Dados da Fiat apontam que a economia do Nordeste deverá continuar crescendo mais do que o Brasil. E Pernambuco é a locomotiva do Nordeste. Segundo Lula, a Fiat e outras montadoras vêm incrementando suas vendas no Brasil - as empresas prevêem 3,4 milhões de unidades este ano e crescimento de 5% em 2011 - porque melhorou a renda e aumentou o volume de crédito disponível para a população. Nos oito anos do governo Lula, o crédito teria evoluído de R$ 380 bilhões para R$ 1,7 trilhão. Nós tínhamos mais de dois terços da população brasileira que não tinham condições de ter um carro, disse o presidente.

Ao discursar, o presidente mundial da Fiat Sergio Marchionne ressaltou que o Brasil tem sólidas bases econômicas, um mercado interno muito forte e tem demonstrado que sabe reagir com decisão e rapidez diante de uma crise internacional. Enquanto o resto do mundo amargava a recessão, criavam-se aqui novas oportunidades e surgiam centenas de milhares de empregos, observou.

De acordo com o executivo, a decisão de investir R$ 10 bilhões no país até 2014, sendo R$ 3 bilhões em Pernambuco, é a consequência natural de um processo de crescimento e de amadurecimento que a Fiat vive no Brasil. Nos últimos dois anos, quando todas as indústrias do mundo precisaram enfrentar uma crise assustadora, a contribuição das atividades brasileiras foi determinante. 

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br

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