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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pequim sobe taxas de juro para tentar controlar inflação


O Banco Central da China aumentou ontem a taxa de juro para os 5,81%, a segunda subida desde meados de outubro, numa tentativa de suster a escalada dos preços, cujo ritmo é o mais elevado dos últimos 28 meses.

Os analistas notam que, com a taxa de inflação anual a atingir os 5,1% em novembro, é provável que as autoridades se vejam obrigadas a tomar novas medidas anti-inflacionistas, sendo esperado pelo menos um aumento dos juros em um ponto percentual até ao fim do próximo ano.

A subida dos preços é vista pelo governo chinês como uma ameaça à estabilidade do país, já que grande parte da população gasta mais de 50% dos seus rendimentos na compra de alimentos. Para acalmar os receios da população relativamente ao custo de vida, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao declarou ontem, na rádio estatal, que o Governo "tem total confiança em que irá controlar esta alta difícil". Wen prometeu também aumentar os esforços para reduzir os preços de venda final das casas, que também têm sofrido uma aceleração nos últimos meses. "Acredito que, depois de um período de esforço, os preços da habitação vão recuar para níveis razoais", disse. Para Wang Qing, analista do Morgan Stanley, a subida dos juros "demonstra a determinação do Governo em controlar a inflação. As taxas de juro nos empréstimos são ajustadas pelos bancos no início do ano, pelo que o aumento atual vai ter um efeito muito maior do que se fosse efetuada em janeiro", afirma este especialista.

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