Dois novos estudos em humanos vão ser feitos para confirmar os resultados de um promissor gel microbicida que reduz o risco de infecção pelo vírus HIV em mulheres. O produto, já testado em africanas, que reduziu em média em 39% o risco da doença. Os experimentos têm patrocínio do Unaids (Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids).
O primeiro estudo sobre o assunto, divulgado em julho, foi feito em mulheres sexualmente ativas de 18 a 40 anos de idade, que usaram o gel vaginal nas 12 horas antes de uma relação sexual e nas 12 horas após o sexo. O microbicida é composto por tenofovir, um componente muito utilizado no tratamento de pessoas com HIV.
Agora, os cientistas querem determinar se diferentes populações de mulheres têm o mesmo nível de proteção contra a doença.
Uma das pesquisas, que será realizada na África do Sul, vai verificar se garotas mais novas podem usar o produto – vão participar do estudo adolescentes de 16 e 17 anos, faixa etária em que a incidência da doença é alta no pais. Outro experimento vai acontecer em outros países africanos com o objetivo de verificar se diferentes doses do gel, incluindo o uso do produto apenas uma vez, antes do sexo, influenciam nos resultados.
De acordo com o Unaids, um problema grave é o financiamento para as pesquisas. Os custos estimados são de R$ 170 milhões, mas apenas R$ 88 milhões estão disponíveis.
Se for confirmado que o produto pode prevenir o contágio sexual do HIV, as mulheres poderiam "ter mais oportunidades de se proteger a si mesmas sem a cooperação de seu companheiro", diz Catherine Hankins, conselheira da Unaids.
As mulheres representam 60% das pessoas contaminadas pelo HIV na África, onde há 70% dos casos de contaminação registrados no mundo.
Hankins pediu aos cientistas e pesquisadores para trabalharem conjuntamente para concluir o projeto, e provar que um microbicida pode ajudar as mulheres a prevenir contágios de HIV.
Fonte: http://www.clickpb.com.br
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