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domingo, 26 de setembro de 2010

Venezuelanos fazem fila para votar e divulgação de resultados pode atrasar


RIO - Venezuelanos enfrentam filas de até três horas para votar em parte do país, o que pode atrasar a divulgação dos resultados da eleição legislativa deste domingo, informa o site G1 . Apesar da demora em cidades do interior e da grande divisão entre os eleitores, a votação acontece em clima de tranquilidade. Quase 18 milhões de pessoas estavam habilitadas a ir às urnas, que foram abertas às 6h (7h30m no horário de Brasília) e devem ser fechadas às 18h, a menos que ainda haja eleitores votando.

Considerada a eleição legislativa mais disputada dos últimos anos no país, a votação é um teste para o projeto socialista do presidente Hugo Chávez. Embora pesquisas indiquem que chavistas e oposicionistas tenham os mesmos índices de intenções de voto, os candidatos aliados ao governo devem ser beneficiados por uma mudança na lei eleitoral que dá mais peso a certos setores do país.

Chávez incentivou os eleitores a votar mandando mensagens pelo Twitter. Há cinco anos, houve 75% de abstenção. De olho na eleição presidencial de 2012, ele quer manter a maioria qualificada na Assembleia Nacional (com pelo menos 110 das 165 cadeiras) para não correr o risco de ver suas propostas barradas.

Segundo analistas, embora a oposição tenha chance de conquistar mais de um terço dos assentos, voltando ao Parlamento com alguma força depois de ter boicotado as eleições de 2005, dificilmente os rumos do governo devem ser significativamente alterados. Chávez já descartou a possibilidade de realizar qualquer negociação política com seus inimigos.

Entre os 2.719 candidatos que disputam a terceira eleição para a Assembleia Nacional - criada pela Constituição de 1999 para unificar o Congresso que antes tinha 54 senadores e 207 deputados -, apenas os do chavista Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) e da Mesa de Unidade Democrática (MUD), que agrupa várias legendas da oposição, têm oportunidades de conquistar grandes vitórias.

Se a oposição ficar com mais de um terço das cadeiras (ao menos 56), poderia, em tese, vetar reformas de maior alcance, mas a atual divisão da Assembleia permanecerá como está até o fim do ano, o que dá a Chávez o poder de se preparar para a nova composição. Sua maior perda, neste caso, poderá ser sentida só daqui a dois anos, quando voltará a disputar a Presidência.

Fonte: http://oglobo.globo.com 

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