Pedido de afastamento foi feito pelo Ministério Público Eleitoral.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinou o afastamento de Ari Artuzi da Prefeitura de Dourados (MS) por meio de medida cautelar. O pedido foi formulado pelo Ministério Público Eleitoral devido à operação que investiga atos de corrupção na administração da cidade.
A decisão, tomada na quinta (16/09), foi divulgada nesta sexta (17/09) no site do Ministério Público.
Segundo o MP, o desembargador que deferiu a medida cautelar, Claudionor Miguel Abss Duarte, entendeu que a permanência de Artuzi no cargo "afronta a logicidade diante de todas as acusações existentes". A notícia foi divulgada hoje pelo endereço eletrônico do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
Artuzi, acusado de chefiar um suposto esquema de fraudes e desvio de verbas na administração municipal, foi preso pela Polícia Federal no dia 1º de setembro junto a mais de 20 pessoas acusadas de participar do esquema. Entre elas, estão o vice-prefeito da cidade e o presidente da Câmara de Vereadores. O juiz Eduardo Machado Rocha assumiu a prefeitura da cidade interinamente.
Segundo a assessoria da Câmara de Dourados, o trâmite para definição da sucessão ainda está sendo definido pela assessoria jurídica da casa. A próxima na linha sucessória seria Délia Razuk (PMDB), que assumiu a presidência da Câmara no dia 13.
A assessoria do Ministério Público em Mato Grosso do Sul não soube informar se cabe recurso à medida cautelar. O G1 entrou em contato com o advogado de Artuzi e sua esposa, Carlos Marques, e aguarda retorno.
A Operação Uragano descobriu fraudes em licitações públicas na cidade. Segundo conclusão da Polícia Federal, prestadores de serviços e empreiteiras pagavam propina ao prefeito, a secretários, vereadores e assessores da Prefeitura para vencer a concorrência.
Sequestro de bens
O TJ-MS determinou também nesta quinta o sequestro dos bens de Ari Artuzi e de sua esposa, Maria Aparecida Freitas Artuzi. Também foram atingidas pela medida duas pessoas apontadas como "laranjas" na operação da Polícia Federal que o prendeu, Edmilson Dias Moraes e Paulo Ferreira do Nascimento. O pedido do sequestro foi feito pela Polícia Federal.
O desembargador Manoel Mendes Carli determinou o sequestro de imóveis e gado do casal. Os bens têm valor estimado em aproximadamente R $ 1 milhão.
Fonte: http://g1.globo.com
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