Depois de recolher as armas ao ver que a exploração da quebra de sigilo de parentes e aliados não surtiu efeito, José Serra (PSDB) voltou ao ataque ontem, desta vez pegando carona nas denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo a sucessora de Dilma Rousseff, Erenice Guerra. No programa de ontem, exibiu manchetes da revista Veja e jornais que cobrem o caso de que as acusações envolvem o “braço direito” de Dilma, que “ficou no lugar dela”. Também chama a atenção para a informação de que o pagamento da suposta propina a uma empresa ligada ao filho de Erenice teria sido feito em dezembro passado, quando Dilma ainda era ministra. No final, lembra que pela Casa Civil do atual governo passaram José Dirceu, Dilma e depois Erenice, para concluir: “você conhece mesmo essa turma? É isso mesmo que você quer para o Brasil”. A menos de vinte dias das eleições e estacionado muito atrás da petista nas pesquisas, Serra não tem mesmo muitas opções a não ser partir para o ataque. Resta saber se dessa vez surtirá algum efeito, ou desgastará ainda mais a imagem do tucano, que corre o risco de sofrer uma derrota humilhante e vexaminosa.
Apelação
Na briga pelo voto do eleitorado mais pobre, amplamente dominado hoje pela adversária, Serra apelou. Prometeu aumentar o salário mínimo para R$ 600,00 já em 2011, contra os R$ 538,15 previstos pelo atual governo para o ano que vem.
Vencedor
A propaganda do tucano bem que tenta tornar sua imagem mais palatável e próxima do eleitor de baixa renda. “Ele veio da pobreza, venceu, estudou”, disse ontem um depoimento de popular.
Espelho
Serra disse ontem sobre assumir a responsabilidade, como presidente eleito, do combate à criminalidade: “não tenho medo de cara feia”.
Contraditório
Segundo o tucano, hoje existe “um monte de ministérios que só serve de cabide dos amigos”. Mas promete criar mais um, o da Segurança.
Pai pai
Enquanto Serra patina, Dilma surfa na nova onda Lula. Os depoimentos de populares insistem na tecla da associação com o presidente. “Lula jamais iria colocar a responsabilidade de presidente nas mãos de alguém que ele não conhecesse”, diz um. “O governo de Dilma vai ser parecido com o de Lula”, reforça outro.
Dose
E na falta de assunto, dá-lhe musiquinha. O programa de Dilma tem pelo menos ums três clips musicais diferentes na mesma edição.
Fé
Em um dos quadros do programa petista, uma senhora de idade conta que fez promessa ao seu “santinho” de fazer uma colcha gigante caso os filhos conseguissem emprego. Depois de dizer que deu certo, aponta: “sei que foi o Lula e a Dilma, mas que o santinho ajudou, ajudou”.
Diagnóstico
Plínio de Arruda Sampaio (PSol) defendeu a auditoria da dívida pública e o investimento em saúde pública. “Ganhar dinheiro investindo no câncer do próximo é algo que eu considero fim do mundo. Saúde não é mercadoria, é direito do homem e da mulher”, afirmou.
Deslocado
Carteiro, Rui Pimenta, do PCO, é o candidato de uma nota só. Só fala dos correios, anuncia greve e reclama reajuste. Deveria ser candidato a presidente do sindicato.
Garantido
Anos 40
O PSTU garante que ao contrário do que se pensa, o petróleo não é nosso. É que segundo o partido, 70% das ações da Petrobras estão nas mãos do capital estrangeiro.
Lacuna
O PCB reclama: “está faltando comunista para fazer a diferença”. Faltou avisar o povo.
Mundo rosa
Cida Borguetti (PP) exagera na fofurice de sua propaganda. E o tom exagerado de rosa em seu logotipo ficou esquisito.
Tóim
A frase lapidar do dia vem de Pedro Radade (PP) que se apresenta como sendo do “ramo da confecção”: “vou chegar a espora na corrupção”.
Eles quem?
Já o Major Carrijo (DEM) garante: “a escravidão já acabou. Temos que avisar a eles”.
Fonte: http://www.bemparana.com.br
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