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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Acusados de fraudar concurso da PF terão que devolver dinheiro aos cofres públicos

 
SÃO PAULO - Os seis acusados de se beneficiarem de uma fraude a um concurso de agente da Polícia Federal, investigados na Operação Tormenta , não participaram da formatura dos novos servidores nesta sexta-feira e ainda terão que devolver aos cofres públicos a ajuda de custo que receberam do governo durante o curso de formação. 

Segundo a assessoria de imprensa da PF, os cinco homens e uma mulher foram desligados do curso e por isso não participaram da formatura. Eles não serão empossados e ainda terão que ressarcir os cerca de R$ 3500 que receberam durante quatro meses e meio de treinamento, pois foram desligados por justa causa. 
Em Brasília, eles tiveram aulas de tiro e de técnicas de investigação, entre outras disciplinas e ficaram alojados na Academia Nacional de Polícia. De acordo com a PF, os acusados foram aprovados em todas as atividades do curso de formação e seriam empossados caso não estivessem sendo investigados pela fraude no concurso. Os seis foram indiciados pelos crimes de receptação e estelionato e respondem em liberdade. Segundo a assessoria de imprensa da PF, não cabe recurso administrativo da decisão de desligamento do curso de formação. 

A investigação da Polícia Federal sobre fraudes em concursos públicos e exame da OAB teve ajuda de uma professora de Santos, litoral paulista , onde funcionaria a base da quadrilha. No ano passado, a professora foi procurada por dois candidatos, em dias diferentes. Os dois fizeram a ela a mesma encomenda: que redigisse um texto sobre o tema do concurso da PF. O segundo candidato foi incisivo - queria "uma redação mais apurada" e comentou que se destinava a um concurso. Nesta quinta-feira, pelo menos 80 candidatos suspeitos de se beneficiar com o esquema foram notificados pela PF. 

Desconfiada, a professora comentou o fato com os responsáveis pelo estabelecimento de ensino onde trabalha. Logo, os movimentos dos candidatos chegaram à cúpula da corporação, em Brasília. 

Segundo a PF, as provas chegavam a ser vendidas por até US$ 150 mil. Doze integrantes da quadrilha foram presos. 

O esquema de fraude no litoral paulista teria se iniciado há 20 anos, em concursos para a Polícia Civil, em Santos, na Baixada Santista. Desde então, segundo uma fonte da polícia, a quadrilha se especializou em fraudes para concursos de outras carreiras, como Polícia Militar, Auditor e Técnico do Tesouro Nacional e Polícia Federal. 

Em um concurso para Técnico do Tesouro, pessoas de uma mesma família teriam sido aprovadas com a mesma nota, fato que gerou a desconfiança. 

O juiz da 3ª Vara Federal em Santos, Herbert Cornélio Pieter de Bruyn Júnior, que concedeu os mandados de prisão disse que a investigação tem caráter sigiloso. 

- O objetivo é preservar a imagem das pessoas investigadas e resguardar as investigações - afirmou 

Fonte: O Globo

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