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domingo, 27 de junho de 2010

ANS exclui cobertura de custa R$ 100 mil


Sheila Carvalho e a filha Amanda, de 5 anos, que ficará impossibilitada de fazer o implante coclear pelo convênio (FOTO: PAULO LIEBERT/AE)
O novo rol procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que entrou em vigor no último dia 7, incluiu 73 novas coberturas obrigatórias para convênios, mas excluiu um procedimento importante para deficientes auditivos.
Os segurados com idade entre 6 e 18 anos que nasceram com a deficiência perderam o direito de realizar o implante coclear, cirurgia que recupera a audição. O procedimento chega a custar R$100 mil.
É o caso de Amanda de Carvalho, que vai fazer 6 anos em outubro. Ela tem surdez progressiva e, segundo seus médicos, em pouco tempo perderá completamente a audição mas ainda não chegou ao grau adequado para a realização do procedimento.
“Minha filha ainda pode dançar, cantar e falar como uma criança normal. Como vou dizer a ela que, de uma hora para outra, vai parar de fazer tudo isso?”, diz a mãe, Sheila Carvalho.
Com a exclusão, resta a Amanda para tentar a realizar a cirurgia pelo Sistema Unificado de Saúde (SUS), do governo federal. No entanto, a fila de espera, que já pode chegar a um ano nos hospitais públicos, deve aumentar ainda mais por causa da medida da ANS.
“Na idade de Amanda, ficar um ano sem ouvir pode trazer uma degeneração da fala, já que ainda está adquirindo vocabulário e estruturando a linguagem”, explica Cristina Onuki, fonoaudióloga especialista em reabilitação auditiva do programa de implante coclear da Unicamp.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/advogado-de-defesa

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