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sábado, 19 de junho de 2010

Congresso dos EUA teme ataque cibernético




O governo dos EUA pode ter que adotar “medidas extraordinárias” em resposta a um ataque cibernético que poderia afetar redes cruciais de computadores, públicas e privadas, informou um funcionário de alto nível da Secretaria de Segurança Nacional. 

O diretor do Centro Nacional de Segurança Cibernética, Phil Reitinger, disse ao Congresso que se deve avaliar se são necessários novos esforços de emergência presidenciais para determinar se as indústrias fundamentais, como plantas, redes elétricas e os sistemas financeiros vitais, poderiam responder em caso de uma crise informática. 

Uma comissão do Senado propõe que o presidente tenha uma autoridade mais específica sobre como poderiam reagir essas indústrias.

O senador independente Joe Liberman, que preside a Comissão de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado, disse que esses poderes deveriam incluir a capacidade de exigir das empresas que instalem um filtro de segurança em seus computadores ou bloqueiem certo tipo de tráfego na internet. 

As autoridades americanas estão trabalhando para fortalecer a segurança na internet. As redes federais de computadores são analisadas e atacadas milhões de vezes por dia por intrusos e terroristas cibernéticos, assim como por delinquentes que buscam conseguir dados sensíveis, destruir ou afetar operações vitais da indústria. 

Embora haja poucos que coloquem dúvidas sobre a gravidade da ameaça, os legisladores estão divididos sobre a amplitude do papel que deve julgar o governo nesses casos, e que organizações federais serão responsáveis por enfrentar essas ameaças.

No meio do debate estão os líderes de algumas indústrias, que alegam que as empresas podem fazer frequentemente um trabalho melhor do que o governo federal em proteger os seus sistemas e garantir que seu pessoal está bem capacitado para enfrentar as ameaças. 

Em depoimentos preparados previamente para uma audiência realizada na terça-feira na Comissão de Segurança Nacional, Reintinger disse que o presidente já tem alguns poderes de emergência. Assim, qualquer ajuste não deve superar a lei que já existe. O depoimento foi obtido pela Associated Press. 

A lei, segundo Reitinger, “reconhece que os americanos esperam que seu governo federal preveja, evite e responda a qualquer ameaça cibernética” e adicionou que as cláusulas relativas aos poderes presidenciais “reconhecem que o governo poderia necessitar a adoção de medidas extraordinárias para cumprir essas responsabilidades”. 

Fonte: http://blogs.estadao.com.br

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