Ministro do Planejamento diz que fraudes mostram ser necessário tomar medidas para assegurar lisura dos processos de seleção
Diante da gravidade das irregularidades reveladas pela Operação Tormenta, da Polícia Federal (PF), as regras dos concursos públicos terão de mudar.
"Isso tem de levar à revisão das regras, porque não podemos ter concursos vulneráveis, sujeitos a fraudes", disse ontem o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, responsável pela gestão de pessoal do governo federal. "A Polícia Federal tem de prender (os fraudadores) e nós temos de tomar medidas para que isso não ocorra mais."
Ele observou que cerca de 5 milhões de brasileiros estudam para ingressar no serviço público via concursos, por isso é importante que haja lisura e transparência no processo de seleção.
Que mudanças seriam necessárias, o ministro ainda não sabe. Segundo explicou, é necessário que as investigações sejam concluídas para que o Planejamento estude as alterações, com ajuda da Polícia Federal. "A Justiça também tem de rever seus processos", defendeu o ministro.
Ele disse que fraudadores conseguem ingressar na máquina pública amparada em liminares. "Colocar um fraudador para dentro da máquina pública certamente não ajuda." A Operação Tormenta revelou que algumas dessas pessoas não só já haviam sido contratadas, como também vinham pleiteando postos estratégicos. "Quer dizer, a pessoa não queria só entrar no governo, queria entrar para fazer maracutaia", comentou.
Mérito. Bernardo contou que recebeu logo pela manhã um telefonema do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, relatando a operação. "A Polícia Federal está de parabéns, porque pegou coisas que não havia sinais de que estavam acontecendo", disse. "Eles estão mostrando que há falhas e nós temos de tomar providências. Vamos bater duro, porque quem quiser entrar no serviço público tem de entrar por mérito." Corrêa teria lhe contado que algumas pessoas prestavam concurso com a ajuda de aparelhos eletrônicos pelos quais era possível ouvir respostas às questões da prova. A mesma fraude era praticada no curso de formação pelo qual o funcionário passa antes de ser integrado à estrutura do governo. "Havia assessoria, gente que passava informações das provas", disse.
Para lembrar
Funcionário de gráfica fraudou Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - a maior prova de seleção para universidades do País - foi fraudado em 2009 por funcionários da gráfica que imprimia os cadernos. Revelada pelo Estado, a fraude resultou no cancelamento do exame, que precisou ser refeito e remarcado. O fato derrubou o presidente do órgão responsável, o Inep.
Fonte: O Estado de S.Paulo
"Isso tem de levar à revisão das regras, porque não podemos ter concursos vulneráveis, sujeitos a fraudes", disse ontem o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, responsável pela gestão de pessoal do governo federal. "A Polícia Federal tem de prender (os fraudadores) e nós temos de tomar medidas para que isso não ocorra mais."
Ele observou que cerca de 5 milhões de brasileiros estudam para ingressar no serviço público via concursos, por isso é importante que haja lisura e transparência no processo de seleção.
Que mudanças seriam necessárias, o ministro ainda não sabe. Segundo explicou, é necessário que as investigações sejam concluídas para que o Planejamento estude as alterações, com ajuda da Polícia Federal. "A Justiça também tem de rever seus processos", defendeu o ministro.
Ele disse que fraudadores conseguem ingressar na máquina pública amparada em liminares. "Colocar um fraudador para dentro da máquina pública certamente não ajuda." A Operação Tormenta revelou que algumas dessas pessoas não só já haviam sido contratadas, como também vinham pleiteando postos estratégicos. "Quer dizer, a pessoa não queria só entrar no governo, queria entrar para fazer maracutaia", comentou.
Mérito. Bernardo contou que recebeu logo pela manhã um telefonema do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, relatando a operação. "A Polícia Federal está de parabéns, porque pegou coisas que não havia sinais de que estavam acontecendo", disse. "Eles estão mostrando que há falhas e nós temos de tomar providências. Vamos bater duro, porque quem quiser entrar no serviço público tem de entrar por mérito." Corrêa teria lhe contado que algumas pessoas prestavam concurso com a ajuda de aparelhos eletrônicos pelos quais era possível ouvir respostas às questões da prova. A mesma fraude era praticada no curso de formação pelo qual o funcionário passa antes de ser integrado à estrutura do governo. "Havia assessoria, gente que passava informações das provas", disse.
Para lembrar
Funcionário de gráfica fraudou Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - a maior prova de seleção para universidades do País - foi fraudado em 2009 por funcionários da gráfica que imprimia os cadernos. Revelada pelo Estado, a fraude resultou no cancelamento do exame, que precisou ser refeito e remarcado. O fato derrubou o presidente do órgão responsável, o Inep.
Fonte: O Estado de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário