Esta singela mensagem é o meu desabafo como profissional recém -formada, pois fiz tudo como manda o figurino: Estudei com afinco nos bancos da academia e fiz diversos estágios para não sair da faculdade sem conhecimento prático, concluí meu curso de Direito, estudei com voracidade para a prova da Ordem, logrei minha aprovação e ATÉ HOJE NÃO CONSEGUI UMA OPORTUNIDADE NO MERCADO DE TRABALHO.
Para não continuar com o sentimento de frustração em ver tanto empenho perdido decidi atuar por conta própria e continuar minha busca por um lugar no mercado, mas o que mais me chama atenção é que no DF parece não existir tal colocação.
E o que mais me chama a atenção é que não há suporte ao Jovem profissional, há tempos que não vejo mais vagas disponíveis no site da OAB/DF e a frustração realmente parece ser o começo profissional da carreira de um recém-formado.
Repise-se ainda o fato de que no DF não há o teto mínimo remuneratório para os advogados, o que faz com que sejam oferecidos os mais descabidos salários para a classe. Certa vez me deparei com um escritório que estava oferecendo a bagatela de R$ 800,00 (oitocentos) míseros reais como remuneração para o profissional e não era para recém-formado.
Indignada com a situação entrei em contato com a OAB/DF para saber se havia uma lei ou algo parecido que fixasse o teto no DF, fui informada de que não há tal regramento e que, segundo conhecimento da própria OAB, pagava-se em média para o advogado o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) no DF.
Diante de tudo isso, lembrei-me que no RJ há o teto mínimo remuneratório conseguido pela reividicação da classe e pela necessidade de valorização da advocacia, lembrei das infindáveis discussões acerca da necessidade de reforma da Instituição, lembrei que me sinto frustrada por não conseguir uma colocação no mercado de trabalho e que se conseguir não terei uma remuneração condizente.
Diante de tudo isso resolvi desabafar para externar a minha opinião.
Fonte: Tathiana Passoni - Advogada no DF
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