DA REDAÇÃO - A pesquisa do Ibope encomendada pelo Sindicato dos Condutores da Marinha Mercante e apresentada pelo Informe JB traz algumas outras novidades sobre a intenção dos eleitores no Rio de Janeiro. Além da vantagem de 17 pontos sobre José Serra (PSDB), seu principal adversário na corrida ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff lidera em todas as regiões fluminenses – capital, metropolitana e interior, com pouca variação, entre 46% e 41%, com maio força entre os cariocas.
A petista perde força à medida que sai da capital (46%, 43% e 41%), enquanto que o tucano Serra vem em ascensão da ponta para dentro. Ele é mais forte no interior (36%), tem 29% na metropolitana e 21% na capital. Contudo, perde para Dilma em todas as regiões.
Marina Silva teria 10% dos votos, mesmo percentual de brancos e nulos entre os eleitores do Rio de Janeiro. No estado, apenas 8% dos eleitores declararam não saber em quem irão votar para presidente.
Aliados na frente
O levantamento estimulado aponta vantagem do governador Sérgio Cabral (PMDB), que concorre à reeleição, com 43% das intenções de voto, sobre o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que ficou com 21% das intenções, e Fernando Gabeira (PV), com 12%. Mas apesar de a pesquisa sinalizar que Cabral, aliado de Dilma no estado, poderia vencer no primeiro turno, o número de eleitores que não sabem em quem votar para governador é grande. Somados, chegam a 23%.
Deste total, 12% disseram que se as eleições fossem hoje votariam em branco ou anulariam seus votos. Já 11% dos entrevistados admitiram que ainda não sabem em quem votar para o Palácio Laranjeiras. Apenas 1% preferiu não responder à pergunta.
Enquanto Cabral aparece no levantamento como o preferido do povão – tem 45% dos votos dos que ganham de 1 a 2 salários mínimos, e 28% dos
que ganham o mínimo –, o deputado Fernando Gabeira é o escolhido da chamada classe A: 48% dos eleitores que ganham entre 5 e 10 mínimos.
Nas classes C e D, Cabral rivaliza com Garotinho. O ex-governador tem 34% das intenções de votos entre os eleitores que recebem até 1 salário mínimo, contra 28% de Cabral, entre a mesma faixa salarial. O levantamento foi realizado antes de o TRE-RJ tornar Garotinho inelegível por três anos, por abuso de poder econômico (o ex-governador recorreu da decisão).
Senado
Se a eleição fosse hoje, o senador Marcelo Crivella (PRB) e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) estariam disparados na frente dos adversários (26% e 24%, respectivamente). Os eleitores de Crivella estão nas classes C e D, entre os que ganham de 2 a 5 salários, 31% o reelegeriam. Dos que ganham 1 e 2 salários mínimos, 29%.
Maia é o preferido da classe A: teria 30% dos votos dos que recebem mais de 10 mínimos. O ex-prefeito abre vantagem sobre Crivella na capital, onde foi apontado por 26%, contra 19% que votariam no senador. Porém, na periferia e no interior, Crivella desponta (30% e 32%, respectivamente, contra 22% e 25% de Maia nessas regiões).
Em terceiro lugar no levantamento, o ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindberg Farias (PT) – que registrou 8% das intenções de voto na pesquisa – teve desempenho parecido tanto entre os que ganham mais de 10 mínimos (10%) quanto entre os que recebem até um salário (9%).
Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio que também é pre-candidato à vaga pelo PMDB, contaria com 20% dos votos dos eleitores da classe A.
Atrás de Picciani, o ex-deputado Marcelo Cerqueira (PPS) aparece empatado com o ex-pagodeiro Vaguinho, hoje evangélico, que entrou na disputa pelo PTdoB: ambos estão com 2% das intenções de voto.
A margem de erro na pesquisa (registrada no TSE sob o número nº 12414/2010) é de 3%.
Pré-candidatos ao Planalto passam o dia em São Paulo
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e seu principal rival, o tucano José Serra, participaram segunda-feira de um fórum em São Paulo sobre perspectivas para a economia brasileira. Apesar do evento em comum, os candidatos não se encontraram, e discorreram sobre o tema Brasil, 5ª economia mundial. Como chegar até lá?. Já Marina Silva, do PV, encontrou-se com blogueiros em outro evento, também em São Paulo.
A petista apostou no meio ambiente, defendendo o aprofundamento de iniciativas relacionadas à economia de baixo carbono. Dilma citou vantagens “comparativas” do Brasil na área de energia renovável e em práticas sustentáveis em relação a outros países. Ela lembrou que os produtores brasileiros fazem a fixação de nitrogênio nas lavouras e também a rotação entre lavoura e pecuária. A ex-ministra defendeu ainda uma meta de redução do desmatamento na Amazônia.
A pré-candidata também defendeu a diversificação do investimento em infraestrutura, o que tiraria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o caráter centralizador da questão.
– Não podemos deixar que só o BNDES financie a infraestrutura e as demais atividades industriais e econômicas do país.
Dilma previu que, até 2014, a taxa de crescimento do PIB seja em torno de 5,5%. Ela estima que, ao final do mesmo período, dívida pública corresponda a cerca de 30% da economia.
Desemprego
Já o tucano José Serra, destacou que um dos aspectos cruciais para o Brasil tornar-se uma potência mundial é resolver os problemas do desemprego e investir em escolas técnicas:
– Não quero crescimento pelo crescimento. Quero crescimento para bons empregos. Temos 8 milhões de desempregados no Brasil. É muita gente. Essa questão é essencial. Temos que empregar e empregar direito, com bons salários.
Uma das apostas de Serra para a melhoria do emprego é com a construção de mais escolas profissionalizantes.
– Não se deve fazer apenas escolas federais, mas estaduais e municipais pondo recursos. Tem que ter uma febre nessa matéria – disse Serra.
Segundo o tucano, duas questões são chaves para o Brasil tornar-se uma potência mundial: investimentos em infraestrutura e qualificação do mercado de trabalho. “O Brasil está vivendo impasses muito sérios nessas áreas”.
Outras questões que foram citadas pelo pré-candidato como preocupantes são as referentes à energia (ele disse que o Brasil investe demais em energia suja, como as termelétricas), à carga tributária alta (que em sua visão compromete os investimentos) e a falta de investimentos feitos pelo país.
Blogueiros
Em São Paulo, em encontro com blogueiros, a pré-candidata do PV, Marina Silva, afirmou que receberá doações individuais de eleitores pela internet, e enfatizou a transparência:
– Temos um compromisso com a transparência de dados e tudo estará disponibilizado – disse Marina.
Fonte: Jornal do Brasil
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