Segundo o estudo, 23,2% da população afirmam ter sofrido estresse em casa
Os mais de 100 mil brasileiros avaliados confirmaram ter sofrido algum tipo estresse no último ano, com intensidade variada entre, pouco, moderado, intenso e exagerado. E a casa é o principal local. O estudo sobre risco cardiovascular foi realizado pelo mutirão estadual do coração promovido em 2009 pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
A pesquisa aconteceu na cidade de São Paulo e Campinas analisando vários locais onde as pessoas passam o dia, como trabalho, casa, locais de convívio social (clubes, bares, boates), além de ter considerado fatores como problemas financeiros e crenças religiosas. De acordo com o resultado a própria residência foi apontada como o local de maior estresse pela população, superando até o mesmo o trabalho. Segundo o estudo, 23,2% da população afirmam ter sofrido estresse em casa.
Um fator determinante para quem tem a rotina doméstica atribulada, e mais do que isso, as mulheres estão desenvolvendo doenças cardiovasculares. Entre as participantes avaliadas, 46,80% afirmaram ter algum fator estressante no último ano: morte de familiar, perda de emprego, separação conjugal ou ruína financeira.
O estresse intenso ou exagerado dentro da própria casa ocorreu em 23,2% dos casos; no trabalho em 15%, já dentro da sociedade em geral, 10% é de causa financeira com 25% dos participantes. E as mulheres sofrem mais com o estresse dentro de casa: 28,34% delas revelaram estresse intenso ou exagerado. Entre os homens esse índice combinado cai para 13,07%. Para os pesquisadores, esse resultado reflete o peso do papel da mulher na sociedade, que chefia famílias e cuida dos filhos.
No trabalho, os níveis de estresse foram menores do que em casa. Mais da metade afirmou que ele é ausente, 50,95%. Para 14,78% o estresse é considerado pouco no trabalho, já 19,13% é nível moderado, 10,46% da população intenso e para 4,68% chega a ser exagerado. Na sociedade, as pessoas afirmaram que o estresse é ausente em 43,63% dos casos; 23,91% pouco; 22,06% moderado; 7,30% intenso; e 3,10% exagerado.
De acordo com a psicóloga da Unesp Sandra Leal Calais, existem quatro níveis de estresse - alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão - que influenciam na qualidade de vida, pois quanto maior for o nível de estresse, maior será a deterioração física e psicológica. "Nem todo tipo de estresse é ruim. Há tipos que possuem aspectos construtivos, na medida em que estimula as pessoas a buscarem a reformulação de vida", explica a psicóloga.
Segundo a psicóloga e tutora do Portal Educação, Denise Marcon, o estresse pode ser desencadeado por vários fatores. “O ambiente doméstico envolve relacionamento conjugal, filhos, situação financeira, entre outros que juntos podem contribuir e desencadear situações de estresse, levando em consideração que cada pessoa tem uma maneira de reagir às atribulações do dia a dia estando mais propenso ou não a ficar estressado”, explica.
Fonte: www.portaleducacao.com.br
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