RIO - O crescimento econômico brasileiro nos próximos meses deverá deixar de ser tão baseado no consumo interno, passando a dar mais importância para o investimento, avalia o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochman.
A declaração baseia-se na pesquisa mensal lançada nesta terça-feira, que mediu o índice de expectativas das famílias (IEF), realizada em 3.810 domicílios distribuídos por 214 municípios em todos os Estados brasileiros. A média do índice apurado, de 62,75 pontos, em uma escala de 0 a 100, aponta para otimismo.
O otimismo envolve as expectativas das famílias sobre a situação econômica nacional, sobre o mercado de trabalho, sobre o endividamento, mas também sobre as decisões de consumo.
Apesar de 58,03% das famílias acreditarem em melhores momentos nos próximos 12 meses, o percentual dos que acreditam ser um bom momento para comprar bens de consumo duráveis é menor, fechando em 53%.
"O consumo, até o presente momento, foi um dos principais motores para o dinamismo brasileiro. Se as famílias não estão com tanto otimismo como estão com outros aspectos, certamente ganhará mais importância o próprio investimento, não necessariamente somente o consumo das famílias", disse o presidente do Ipea.
Pochman acredita que este dado vai exigir repensar a temática do investimento, já que ele será o principal instrumento a permitir que o Brasil continue crescendo de forma mais rápida, como vem até o presente momento.
Fonte: http://oglobo.globo.com
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