O trecho Sul do Rodoanel terá 57 quilômetros, mais um prolongamento de 4,4 km de extensão, entre São Bernardo do Campo e Mauá, o que dá um total de 61,4 km. Ele interligará as rodovias Anchieta e Imigrantes com o trecho Oeste, em Embu, que faz conexão com Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Bandeirantes e Anhanguera, cobrindo 7 das 10 rodovias que chegam a São Paulo.
O seu projeto viário prevê pista dupla ao longo de todo o percurso e contará com três a quatro faixas de tráfego em cada sentido. Cada faixa terá 3,60 metros de largura, faixa de segurança de um metro, acostamento de 3 metros e um canteiro central gramado de 11 metros de largura.
Na pista principal, a velocidade diretriz será de 100 km/hora, com rampa máxima de 4% e raio mínimo de curva de 375 metros. O trecho Sul terá apenas quatro acessos, que serão feitos nas interseções das rodovias Régis Bittencourt, Imigrantes, Anchieta e avenida Papa João XXIII.
O custo total previsto do empreendimento é de R$ 5,03 bilhões (com base em dados de dezembro de 2009), sendo R$ 3,24 bilhões referentes às obras brutas e R$ 1,79 bilhão, destinados a compensações ambientais, desapropriações, reassentamentos, interferências, projetos, supervisão, gerenciamento, comunicação e obras complementares. Estes gastos serão custeados em 2/3 pelo Estado e 1/3 pela União.
O Rodoanel Sul passa por áreas urbanas e rurais de sete municípios - Embu, Itapecerica da Serra, São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires e Mauá - e atravessa duas grandes represas, que abrigam mananciais e abastecem de água a região metropolitana de São Paulo e cidades vizinhas. Iniciado em junho de 2007, a sua inauguração foi em março de 2010, 34 meses após o início das obras.
No total, serão 136 obras de arte entre pontes, viadutos, acessos, passagens inferiores e superiores. Somadas, elas equivalente a 20 km de extensão e a 1/3 do custo total da obra. Os marcos mais importantes são as pontes sobre as represas Guarapiranga e Billings e, ainda, os trevos das rodovias Régis Bittencourt, Anchieta e Imigrantes. Nesses trevos, alças direcionais de grande capacidade permitirão manter a fluidez do tráfego das rodovias interligadas.
Com 1.755 metros de extensão e vão livre de 107 metros, a ponte sobre a Represa Billings é a maior em andamento, seguida da ponte da Represa de Guarapiranga (250 metros). Também serão construídos 26 viadutos.
As estradas de Itapecerica, M Boi Mirim e Parelheiros ganharão pontes e viadutos, permitindo o tráfego local e garantindo a movimentação e a integração social das comunidades sem, contudo, dar acesso ao Rodoanel.
Um sistema de drenagem garantirá a conservação da estrada e a segurança dos usuários. Estão sendo instalados cerca de 6.000 metros de bueiros e 70 quilômetros de canais e valetas de escoamento de água, além dos dispositivos de proteção ambiental.
A obra física é executada pelos consórcios Andrade Gutierrez/Galvão, Norberto Odebrecht/Constran, Queiroz Galvão/CR Almeida, Camargo Corrêa/Serveng e OAS/Mendes Junior. O empreendimento é gerenciado pela Dersa S/A.
No pico da obra, essas empreiteiras chegaram a gerar 11 mil empregos diretos e 30.000 indiretos.
Benefícios
Ao longo do seu traçado, o Rodoanel vai recuperar áreas degradadas, como portos irregulares de areia onde a extração predatória provocou erosão, que receberão paisagismo e reurbanização. Para preservar a fauna da região e evitar acidentes nas pistas foram projetadas travessias subterrâneas para a circulação de animais, minimizando a interferência em seu habitat natural.
O Rodoanel também reduzirá drasticamente o risco de acidentes com cargas perigosas, garantindo índices menores do que os registrados atualmente nas áreas urbanas, como já acontece no Trecho Oeste.
O trecho Sul facilitará o transporte e o escoamento de cargas para o porto de Santos e será importante elo de ligação deste terminal marítimo ao sistema de logística de transportes de todo o país.
Atendimento ao usuário
Assim como Rodoanel Oeste, o trecho Sul contará com o serviço SOS Usuário durante 24 horas, todos os dias da semana, que terá o apoio de veículos de inspeção de tráfego, guinchos leves e pesados, ambulâncias, veículo para apreensão de animais e caminhão-pipa para combate a incêndios.
Um Centro de Controle Operacional (CCO) vai monitorar sistematicamente o trânsito na rodovia, por meio de um sistema integrado de radiocomunicação entre as viaturas, que acionará o atendimento aos usuários, acompanhamento de todas as ocorrências e o monitoramento do fluxo de veículos.
Dados e informações captadas nas rodovias serão recebidos e analisados por engenheiros, médicos, técnicos e policiais rodoviários. As decisões serão tomadas com rapidez e eficiência, para que o fluxo de veículos esteja sempre em excelentes condições e os usuários sejam atendidos com agilidade.
NÚMEROS DO RODOANEL
Extensão: 176 quilômetros
Quatro trechos: Oeste, Sul, Leste e Norte
Trecho Oeste - Em operação desde 2002 (32 km)
Trecho Sul - Inauguração em março de 2010 (57 km)
Trecho Leste - Início de obras em 2011 (43 km)
Trecho Norte - Começo previsto para 2012 (44 km)
Rodovias interligadas: 7 a 10
Etapa atual: Anchieta, Imigrantes, Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera, Bandeirantes (até 2010).
Etapa final: Fernão Dias, Via Dutra e Ayrton Senna.
Número de pistas: duas
Faixas de circulação: três a quatro (cada pista)
Canteiro central: 11 metros de largura
Revestimento: concreto e asfalto
TRECHO SUL
Valor total do empreendimento: R$ 5,03 bilhões (estimado)
Divisão: 5 lotes
Obras de arte: 136
(pontes, viadutos, acessos, passagens inferiores e superiores)
Obras Civis
34,7 milhões de m³ de movimentação de terra
474.000 m³ de concreto em obras de arte
147.000 m³ de pavimento de concreto
(equivalente a 600 edifícios de 20 andares)
228.000 m³ de material betuminoso
Fonte: DERSA
Nenhum comentário:
Postar um comentário