A afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que pode abrigar Sakineh Mohammadi Ahstiani, a mulher condenada à morte pelo governo iraniano por ter cometido adultério, teve repercussão na imprensa internacional.
O assunto foi destaque na primeira página do site internacional da CNN.
Além de citar a declaração de Lula e dar detalhes sobre o caso de Sakineh, a emissora americana destacou a participação do governo brasileiro nas negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano.
A edição internacional do site do The New York Times também inclui a oferta de asilo de Lula em seus destaques. Na Venezuela, a edição online do jornal El Universal publicou texto sobre o tema com título “Brasil oferece refúgio a mulher iraniana condenada à morte”.
- Apelo ao líder supremo do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que permita ao Brasil conceder asilo a esta mulher.
Lula fez a afirmação durante um comício da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em Curitiba (PR).
Em 11 de julho, a Justiça iraniana suspendeu temporariamente a condenação. No entanto, o destino da iraniana ainda pode mudar a qualquer momento.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, chegou a ligar antes do anúncio da suspensão provisória da pena para o ministro da mesma pasta do Irã, Manouchehr Mottaki, para tentar convencê-lo de que ir adiante com o apedrejamento de Sakineh apenas iria atrair mais críticas ao Irã.
Ela divulgou uma carta nesta semana dizendo que tem medo de morrer, publicou a rede CNN em seu site neste sábado.
“ O dia no qual eu recebi a sentença de apedrejamento foi como se eu tivesse caído em um buraco profundo e perdido a consciência. Muitas noites, antes de dormir, eu penso como alguém pode se preparar para jogar pedras em mim, em mirar o meu rosto e as minhas mãos”, escreveu a mulher, de acordo com seus advogados.
Sakineh recebeu 99 chibatas em 2006 por supostamente ter se relacionado com dois homens e confessou o crime durante a sentença. Ela já havia sido julgada por tentar assassinar o marido, mas foi absolvida.
Fonte: http://noticias.r7.com
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