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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cadeirante passa em 1º lugar em concurso público, mas não é chamado

Candidato que ficou em segundo lugar assumiu a vaga; Conselho diz que “ seria um risco à própria saúde dele".

O veterinário João Paulo Fernandes Buosi, 27, que é paraplégico e usa cadeira de rodas para se locomover, teve de recorrer à Justiça para tentar ocupar o cargo de fiscal do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Jales. Ele foi aprovado em primeiro lugar, mas a instituição o excluiu e chamou o segundo colocado da lista para ocupar o cargo.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina justifica que “convocar uma pessoa com as necessidades especiais de João Paulo seria um risco à própria saúde dele.”

O conselho afirmou ainda que o candidato não foi chamado porque não se enquadrava nos requisitos para o cargo, mas a posição está sendo revista.

“No edital do concurso não havia nada dizendo que eu não poderia participar”, disse João Paulo.

Inconformado, ele buscou ajuda no Ministério Público. “Eu fiquei frustrado. Estudei muito, viajei para fazer a prova e agora acontece isso”.

Por determinação da Procuradoria da República, o Conselho de Medicina Veterinária de São Paulo chamou o candidato para uma perícia médica que vai avaliar se ele pode ou não exercer a atividade. O resultado deve sair até o final deste mês.

Ele ficou paraplégico em 2007, depois de sofrer um acidente de carro. Mesmo com as dificuldades de locomoção, João Paulo é independente.

O veterinário dirige o próprio carro e é funcionário da Secretaria de Agricultura de Jales.

“A sociedade é incapaz de receber o cadeirante, não permitindo a acessibilidade. Isso contribui para a exclusão do deficiente físico”, disse João Paulo.

Fonte: http://www.redebomdia.com.br

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