A indústria está atenta ao movimento desenvolvimentista do Estado e assume postura agressiva para fazer frente ao ritmo (chinês) de crescimento econômico. Tanto que em um período de 12 anos – 1995 a 2007 – evoluiu 109,4% em setores estratégicos como indústria de transformação, alimentação, bebidas, extração mineral e construção civil. “Estamos colhendo os frutos da política de atração de investimentos ao Estado”, diz o secretário adjunto de Receita Pública da Sefaz, Marcel Souza de Cursi.
Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, os números espelham as ações desenvolvidas pelo setor industrial, com a chegada de novos investimentos e a agregação de valor à produção, apoiada pelo excelente comportamento do agronegócio e os programas de incentivos fiscais.
Segundo ele, a indústria está contribuindo de forma bastante positiva para a recuperação da economia na fase pós-crise. “Mesmo ante o cenário de crise em 2009, o setor produtivo não chegou a cancelar seus projetos. Algumas empresas apenas postergaram seus investimentos, que foram retomados e estão sendo colocados em prática”.
Ele garante que Mato Grosso está completamente refeito da crise e o momento é de trabalhar e investir. “Mato Grosso é o melhor para investimentos. Tem um grande potencial econômico e possui vantagens comparativas em relação a outros estados”, compara Milan.
A indústria de Mato Grosso participa com um montante de R$ 8 bilhões no superávit da balança comercial brasileira – de um total de R$ 11 bilhões – e gera atualmente 137 mil empregos. O número de empregos formais, de acordo com levantamento da Fiemt, cresceu 354% no período 1995 a 2009, apresentando o melhor desempenho entre os estados das regiões Norte e Centro-Oeste, onde se destacam Rondônia, com expansão de 244%, Goiás (206%), Mato Grosso do Sul (204%) e Pará (164%). No mesmo período, a indústria de Mato Grosso ampliou a oferta de empregos em 194,46%, saindo de 46,804 mil empregos em 1995 para 137,820 mil no ano passado.
“Em 2010 temos perspectivas de ampliar a oferta de empregos para 160 mil”, diz Milan, acrescentando que o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, ligado à Fiemt), formou 62 mil trabalhadores em 2009 e tem meta de colocar no mercado mais 80 mil profissionais qualificados este ano. “Estamos fazendo a nossa parte, agora cabe ao governo fazer a sua [parte] resolvendo o nosso principal gargalo, que é a logística”, pontua Milan. Sem uma boa logística, não conseguimos chegar aos mercados com produtos competitivos devido ao alto valor dos fretes até aos portos exportadores”.
Fonte: Diário de Cuiabá
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