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sábado, 22 de maio de 2010

Ministério da Saúde alerta sobre risco de falso-positivo de HIV

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, divulgou nota técnica informando a possibilidade de resultados falso-positivos em testes para detecção de HIV nas pessoas que tomaram a vacina contra Influenza A (H1N1), a gripe suína. A nota pede cautela dos médicos e serviços na divulgação dos resultados. Ela está circulando de maneira restrita entre médicos.

De acordo com a Nota Técnica nº 02/2010 - GGSTO/DIDBB/ANVISA, de 8 de março de 2010, por ter sido produzida em larga escala em curto espaço de tempo, não há, até o momento, dados sobre todos os efeitos adversos da vacina contra o vírus da Influenza A (H1N1). Mas a nota destaca que foi observado que pessoas que tomaram a vacina, ao fazer o teste de HIV-1, apresentaram resultado falso positivo. Ou seja, os resultados indicam que o vírus está presente, quando, na verdade, não está.

Para a infectologista Danielle Borges Maciel, isso acontece porque há uma prova cruzada entre os anticorpos produzidos pelo corpo em resposta à vacina, dando um falso-positivo no teste imunoenzimático para HIV. “Neste momento, aqueles pacientes que foram vacinados contra gripe suína e tiverem o teste convencional positivo devem realizar um segundo exame, que é o teste conclusivo para HIV”, explica. Segundo a especialista, mesmo que este segundo teste dê negativo, é preciso realizar um terceiro exame, após 30 dias. “Caso este segundo teste dê positivo, fica confirmada a contaminação pelo vírus HIV”, afirma Danielle.

A infectologista alerta que esta confusão no organismo do paciente pode precisar de 30 dias para voltar ao normal. “Quando o teste dá indeterminado, onde há a suspeita, é preciso levar em consideração o período de janela imunológica, que pode ser de até 4 meses”, frisa.

O Ministério alerta aos profissionais de saúde que devem informar aos pacientes que receberam a vacina contra o vírus H1N1 sobre a possibilidade de resultado falso-positivo. E recomenda que nesses casos procurem realizar novas coletas e testes até que o diagnóstico seja definitivo.

Fonte: http://www.jmonline.com.br

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