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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mantega: BRICs representarão dois terços da economia mundial em 5 anos

MADRI, Espanha — Os principais países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China (os BRICs), representarão dois terços da economia mundial nos próximos cinco anos, de acordo com o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega.

"Nos próximos cinco anos, são os países emergentes, os BRICs, os que vão liderar o crescimento mundial e responder por dois terços da economia mundial, e com um crescimento de 5% a 5,5% o Brasil estará entre eles", previu o ministro em um discurso em uma conferência sobre a economia brasileira em Madri.

A previsão oficial de crescimento do Brasil em 2010 é de 5,5% a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), recordou Mantega, antes de afirmar que esta é uma estimativa "conservadora", já que alguns analistas acreditam em uma alta de 6% a 7%.

Nos outros países do BRIC, a China deve crescer 10%, a Índia 7% e a Rússia 5,5%, segundo o ministro.

"Temos todas as ferramentas para chegar ao final da década como uma das economias mais pujantes do mundo", declarou em seguida o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), os BRICs representaram entre 2000 e 2008 quase 50% do crescimento mundial. Até 2014, os quatro países devem ser responsáveis por 61% do crescimento econômico.

Para o ex-ministro espanhol da Economia Carlos Solchaga, o "Brasil é hoje um dos melhores exemplos de êxito na globalização".

"E ao Brasil do amanhã desejamos um grande êxito no mundo da 'googlelização'", completou.

"A solidez institucional e a estabilidade política do Brasil nos últimos anos fazem com que as mudanças políticas, se acontecerem, não representem mudanças inesperados para a economia", disse Solchaga, poucos meses antes da eleição que decidirá o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-ministro socialista destacou ainda "uma administração da política macroeconômica absolutamente impecável", um superávit nas contas públicas de mais de 3%, inflação moderada e a previsão de crescimento de 6% do PIB ou mais.


Fonte: AFP

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