'Tem gente falando em 6,5% a 7%', mas sou mais 'modesto', diz Mantega.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (12) que o crescimento da economia brasileira pode chegar a até 6% neste ano. No começo do ano, o ministro falava em uma taxa de expansão de 5% a 5,5%.
"Neste ano, a previsão é acima de 5,5% [de crescimento]. Tenho sido mais modesto e fico no 5,5% a 6% [de expansão]. Tem gente falando em 6,5% a 7%. A economia estará dando demonstração de vigor e dinamismo após a crise", disse ele, em seminário da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A última previsão feita pelo mercado financeiro, que foi divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (10), é de que a expansão da economia brasileira será de 6,26% em 2010. Se confirmado, será o maior crescimento do PIB desde 1986.
"Até pouco tempo atrás, achavam que a economia só podia crescer pouco. Mas a economia tem condições de crescer mais de 3,5%, 4%, ou 4,5%. Houve mudança grande na política econômica, e o Estado passou a impulsionar esse crescimento. Uma diferença fundamental é a nova ação do Estado, que foi revigorado e passou a estimular o crescimento maior", disse Mantega.
Em sua visão, esse é um "novo estilo de crescimento", que gera mais emprego. "A crise era a chance de desmoralizar nosso governo, mas caíram do cavalo. A economia já voltou ao seu patamar pré-crise. A economia já está aquecida e estamos retirando os estímulos que tinham sido dados", concluiu Mantega.
Sem bolhas
Mantega disse ainda que o país está crescendo de "forma equilibrada", sem gerar inflação e "sem bolhas". "Não haverá bolhas. Quando houve excesso de entrada de capitais, colocamos uma taxa, o IOF. Foi muito bem visto por todos e entendido na comunidade internacional e G20. Foi para reduzir o ímpeto de entrada de capital estrangeiro. Com essa taxação, isso foi conseguido. Não haverá bolhas na economia brasileira", disse ele.
O ministro acrescentou que o Brasil está com a inflação "sob controle". "Como a atividade está aquecida, é normal [que a inflação] que seja superior à do ano passado. Tivemos problemas de chuvas no início deste ano, que prejudicaram as lavouras e isso elevou os preços dos alimentos. A previsão do mercado, de 5,5% [para o IPCA de 2010], está abaixo das metas estabelecidas [do teto de 6,5% estabelecido para o ano]. Ainda é menor do que a inflação do passado", afirmou.
Fonte: http://g1.globo.com
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